A realização da quinta jornada do Moçambola 2024 foi negativamente afectada pela situação das Linhas Aéreas de Moçambique que ao longo dos últimos dias tem apresentado dificuldades para cumprir com os voos previamente programados, isto devido a deficiências no funcionamento da sua frota de aviões.
Por Redacção LanceMZ
O efeito dessa situação foi as longas horas de espera nos aeroportos por parte dos passageiros da companhia aérea de bandeira nacional, com particular destaque para as caravanas das equipas do Moçambola 2024, algumas das quais foram obrigadas a passar horas a fio nos aeroportos aguardando pelos voos que as colocassem nos locais aonde estavam marcados os seus jogos.
Houve casos de equipas que tiveram que dormir nos bancos dos aeroportos à espera do seu voo, sendo que esta situação derivou-se do facto de a LAM não ter responsabilidades em acomodar os passageiros da Liga Moçambicana de Futebol em hotéis pelo facto de os bilhetes adquiridos no âmbito do Moçambola serem promocionais, dado que parte do custo é apresentado como patrocínio da companhia aérea ao Moçambola.
A equipa da União Desportiva do Songo foi a que mais sofreu com esta situação, pois depois de terem apanhado o voo Maputo – Nampula os “hidroeléctricos” ficaram privados no Aeroporto Internacional de Nacala devido a uma avaria grossa do avião das LAM no qual se faziam transportar e que só chegou a Nacala, às 3 Horas de madrugada, depois de os pilotos terem desviado o avião para Nacala, por alegada dificuldade de visibilidade.
Em Nacala os jogadores e outros passageiros foram forçados a dormir nos bancos do Aeroporto enquanto aguardavam pelo voo de ligação a Nampula, facto que não veio a acontecer o que fez com que a União Desportiva do Songo optasse por arranjar meios alternativos para se fazer ao local de jogo.
A União Desportivo do Songo voltou a enfrentar dificuldades para regressar a cidade de Tete, tendo conseguido regressar à sua província na noite da última quarta-feira, 22 de Maio, cerca de uma semana depois de terem deixado a vila do Songo para realizarem a partida da 5ª jornada do Moçambola 2024.
“Esta situação gerou-nos prejuízos enormes, pois tivemos que acarretar com custo que não estavam previstos, como é o caso da hospedagem da equipa nos dias em que não tivemos voo para o regresso a Tete. Esta é uma situação que devia ser cuidadosamente analisada entre a Liga Moçambicana de Futebol e as Linhas Aéreas de Moçambique porque não é humanamente recomendável que os atletas passem noite nos bancos dos aeroportos para no dia ou hora seguinte se apresentem ao jogo”, disse Paulito Trigo.
Refira-se que para além da União Desportiva do Songo, as equipas do Textáfrica do Chimoio e Ferroviário de Lichinga também foram as mais afectadas pela alteração de voos sem a prévia comunicação das Linhas Aéreas de Moçambique. (LANCEMZ)