Um total de 31 treinadores de elite do futebol moçambicanos renovaram as respectivas Licenças de Nível A atribuídas pela Confederação Africana de Futebol que os habilita a dirigirem equipas da primeira divisão nacionais, ou seja, de formações que militam no Campeonato Nacional, o Moçambola e não só. A Federação Moçambicana de Futebol instou os treinadores a trabalharem com os escalões de formação de modo a elevarem a qualidade do futebol nacional.
Por Redacção LanceMZ
Ao longo de cerca de uma semana os treinadores atualizaram os seus conhecimentos em matérias ligadas ao treinamento de futebol e não só, numa acção de capacitação que foi dirigida por Abdul Abdulá, Instrutor CAF e Membro da Direcção Técnica da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), tendo cotado com a participação de vários prelectores.
Estes treinadores beneficiaram de preleções que abordaram temas como “Medicina Desportiva – Morte Súbita”, ministrado pelo médico Raúl Cossa, “Fisiologia de Esforço” abordado pelo médico Mussa Calú, “Relação do Treinador com e Media” proferida pelo jornalista Gervásio de Jesus, “Atualização das Leis de Jogo”, “Pedagogia e Psicologia Desportiva”, “Metodologia de Treinamento”, “Planificação do Treinamento”, entre outros temas técnicos orientados pelos especialistas Victor Matine e Abdul Abdulá.
“Estes treinadores estão com as licenças CAF A actualizadas e termos que aguardar pela realização dos cursos de nível CAF PRO que poderão acontecer num dos países que ministram esses cursos ao longo deste ou do próximo ano, em termos de outras atualizações estamos a planificar a realização de atualizações de Licenças B ao nível de várias províncias do país, bem como estamos a planificar realizar um curso da Licença A da CAF que vai acontecer na cidade de Maputo”, disse Abdul Abdulá.
TREINADORES DESAFIADOS A ELEVAR NÍVEL DO FUTEBOL NACIONAL
A cerimónia de encerramento do curso de atualização de Licenças A da CAF foi dirigida pelo vice-presidente da Federação Moçambicana de Futebol para Alta Competição, Amir Gafur, que enalteceu o papel desempenhado pela Direcção Técnica da FMF na formação de treinadores nacionais, facto de que tem merecido elogios por parte de entidades internacionais.
Porém, Amir Gafur apelou aos treinadores de elite que renovaram as licenças para que ponham o seu saber e conhecimentos ao serviço do futebol moçambicano, com objectivo de “reduzir o fosso que apresentamos ao nível dos escalões de formação quando comparado com os restantes países do continente africano, pelo que pedia para que os treinadores analisassem com o Departamento técnico sobre o que fazer”.
“Uns dizem que os escalões de formação no nosso país iniciam tarde, aos 15 anos e outros países iniciam aos 8, outros referem que que temos poucos meses de competição na área de formação que chegam aos quatro aos seis meses, enquanto que os outros competem durante dez meses, pelo que pedimos que analisem estas situações e sugiram soluções”, referiu Gafur.
Por outro lado, o vice-presidente da FMF, instou aos treinadores que atualizaram as suas licenças para olharem pelos escalões de formação dos seus clubes, de modo a elevarem qualidade do trabalho efectuado neste sector, criando academias de formação, ao mesmo tempo que referiu que este ano temos um apoio da FIFA para apoiar a duas academias que trabalhem seriamente no capítulo de formação.
“O nosso departamento técnico está a trabalhar no sentido de identificar duas academias que possam merecer o apoio da FIFA pelo que os treinadores são chamados a contribuir na identificação destas academias, pelo que apelamos que os treinadores de elite se envolvam muito mais nesta área da formação”, disse Amir Gafur.
A atualização das licenças CAF A envolveu treinadores moçambicanos que estão ligados aos clubes que vão tomar parte no Moçambola, tais são os casos de João Chissano, Carlos Baúte e Manuel Valoi (Ferroviário de Maputo), Carlos Manuel (União Desportiva do Songo), Antero Cambaco (Associação Desportiva de Vilanculo), Manuel Casimiro (Matchedje de Maputo), Zulo (Ferroviário de Lichinga), Artur Macassar (Ferroviário de Lichinga), Artur Comboio (Ferroviário de Nacala) e Rogério “Zulu” Balate (Ferroviário de Quelimane).
Por outro lado, a formação contou com alguns timoneiros que este ano estarão fora da rota do Moçambola, destacando-se Nacir Armando (que orientou na época passada a equipa do Matchedje de Mocuba), Akil Marcelino (que desde que saiu do Ferroviário da Beira ainda não encontrou novo clube na primeira liga moçambicana). (LANCEMZ)