O Ferroviário da Beira venceu de reviravolta a Black Bulls e está agora com sete pontos de vantagem em relação aos “touros” que têm um jogo a menos e que deverão fazer com a União Desportiva do Songo. Na partida que esteve empatada por longo período, Hélder Duarte sacou do banco duas armas que marcaram a diferença, Abass e Raymond que marcaram o segundo e terceiro golos dos “locomotivas” e asseguraram a vitória. Foi o golpe de mestre de Duarte que aniquilou o antigo pupilo Inácio Soares que não teve argumentos para contrariar a supremacia da equipa que vê o título ficar cada vez mais próximo.
Por Alfredo Júnior e Sérgio Sitóe (Fotos)
Já se sabia que o jogo iria arrastar muito público ao Complexo Desportivo de Tchumene da ABB, pois as duas equipas seguem melhor posicionadas para chegar ao título e uma vitória dos anfitriões os colocaria mais próximo do líder Ferroviário da Beira que com um triunfo alargaria a sua vantagem e hipótese de no final da prova carregar o canecão.
A primeira grande oportunidade pertenceu a Black Bulls com Ejaita a tirar um adversário do caminho, na área de baliza, mas o seu debate saiu ao lado da baliza de Germano que com um toque subtil desviou a bola, quando estavam jogados seis minutos.
Aos 13 minutos numa tentativa de penetração dos “touros” para área de baliza contrária eis que a bola é alegadamente desviada pela mão de Manucho que tocou a bola com o peito e fora da grande-área, mas o árbitro Berton Lifiando assinalou grande-penalidade. Na cobrança, Ejaita bateu o guarda-redes Germano que foi recolher a bola no fundo das suas redes.
Os “locomotivas” do Chiveve rapidamente se recompuseram desta desvantagem e aos 31 minutos no seguimento de uma bela iniciativa ofensiva a bola chega aos pés de Ling que nada mais tinha que fazer se não fuzilar a baliza de Ivan Urubal, restabelecendo a igualdade, desta feita a uma bola, e a justiça no marcador. E foi com este resultado que as duas equipas recolheram ao intervalo.
REVIRAVOLTA VINDA DO BANCO DE SUPLENTES
A segunda parte começou com os nervos à flor da pele, com os jogadores a trocarem mimos e obrigando o árbitro a recorrer ao cartão amarelo para acalmar os ânimos.
A Black Bulls era a equipa mais activa no ataque, mas os remates não saiam a contento. O jogo continuou dividido com as duas equipas à procura do golo para desfazer a igualdade que se registava.
E quem acabou bem sucedido foi o Ferroviário da Beira, pois as alterações feitas pelo treinador Hélder Duarte acabaram por ser acertadas e o golo da remontada veio do banco de suplentes, pois foi Abass que acabara de entrar que apontou o tento que virou o resultado é colocou o placard em 1-2. Festa total dos adeptos “locomotivas” do Chiveve que estavam em bom número em Tchumene.
Nos nove minutos de compensação dados pelo árbitro Berton Lifiando (que arbitrou o seu terceiro jogo de sempre no Moçambola), a Black Bulls pressionou à procura do golo de empate, mas não teve arte nem engenho para derrubar a muralha defensiva montada pelos “locomotivas” do Chiveve.
Quando já se havia esgotado o tempo de compensação, o brasileiro Gustavo que está no Ferroviário da Beira a empréstimo da Black Bulls faz uma preciosa assistência para Raymond e o atacante queniano aguenta a pressão e consegue rematar para o fundo das redes fazendo o terceiro golo para os “locomotivas” que voltaram a celebrar efusivamente este tento assegurou uma preciosa vitória.
FICHA TÉCNICA
Arbitragem de Berton Lifiando, auxiliado por Teófilo Mungoi (1°Assistente) e Osvaldo de Jesus (2° Assistente)z 4° Árbitro: Dique Muchanga
BLACK BULLS; Ivan (GR), Danilo, Chamboco, Nené, Fidel, Celton (Elvio 80’), Hammed (Stephen 45’), Khadre (C), Rume (Pepo 71’), Ejaita (Jesus 45’) e Melque (Victor 71’)
Suplentes: Teixeira (GR), Kelvio, Elton, Orlando e Pelembe
TREINADOR: Inácio Soares
FERROVIÁRIO DA BEIRA: Germano, Celso(Gervásio Mafaite 57, Shelton 81’), Foia, Salomão, Amadou, João, Touré (Abass 57’), Maré, Manucho, Ling (Raymond 57’)e Estevão (Gustavo 80’)
SUPLENTES: César, Edson, Gustavo, Shelton
TREINADOR: Hélder Duarte