Quando Gabriel da Barca Júnior decidiu candidatar-se à presidência da Federação Moçambicana de Boxe encontrou uma família desavinda que tratou de etiquetá-lo: “é um para-quedista que quer se meter no boxe”. O timoneiro da federação que lida com a nobre arte vai no seu segundo mandato e descobriu a varinha mágica para levar a modalidade a bom porto, sobretudo neste ano de 2022 em que leva o título de Dirigente Desportivo do Ano atribuído pela equipa do LANCEMZ.
Sem grandes apoios, tanto do sector público como do privado, o Presidente da Federação Moçambicana de Boxe, conseguiu organizar duas provas internacionais em Maputo, concretamente o Campeonato Regional da Zona IV de África e o Campeonato Africano, provas que não se realizavam há sensivelmente três anos devido à pandemia da COVID-19 e não só.
O também Deputado da Assembleia da República, empresário na área de comunicação social e não só, bem como apresentador de televisão profissão com a qual ganhou o apelido de “Filho do Povo”, Gabriel Júnior é o Presidente que mais alegrias trouxe à modalidade, ao ponto de os moçambicanos entrarem num coro de vozes que em jeito irônico sugerem que ele assuma o leme das demais federações desportivas nacionais para tirá-las da pasmaceira em que elas se encontram.
Como resultado do seu trabalho abnegado, Gabriel da Barca Júnior, foi eleito presidente interino da Confederação Africana de Boxe - Zona 4, que responde pelos países da região Austral de África, liderando o pugilismo praticado em 14 países nomeadamente, Moçambique, África do Sul, Eswatine, Namíbia, Angola, Zimbabwe, Zâmbia, Malawi, Botswana, Lesotho, Madagáscar, Seychelles, Comores e Maurícias.
Chiquinho Conde o Treinador do Ano
Ao Seleccionador Nacional de Futebol, Chiquinho Conde, a equipa do LanceMZ atribuiu o título de Treinador do Ano 2022, tendo em conta o feito alcançado pelos Mambas que conseguiram este ano a qualificação para um Campeonato Africano das Nações destinado aos atletas que actuam internamente, também designado de CHAN-2022. Conde quebrou com a “malapata” que se assistia na selecção nacional que não alcançava qualificações para provas africanas desde 2010, altura em que tomou parte no CAN realizado em Angola.
Conde devolveu alguma alegria aos adeptos dos Mambas que vão registar a sua segunda presença num CHAN depois de tê-lo feito em 2014 na África do Sul.
Rady Gramane a Atleta do Ano
A pugilista Rady Gramane foi considerada a Atleta do Ano 2022, tendo em conta os feitos alcançados ao longo deste ano civil prestes a findar. Gramane conquistou a medalha de ouro no campeonato regional de Maputo, em Maio foi a Turquia conquistar a medalha de bronze nos Mundiais, para em Agosto voltar de Birmingham com a medalha de prata nos XXII Jogos da Commonwealth e um mês depois ser coroada campeã africana ao conquistar a medalha de ouro na prova realizada na capital do país.
Com estes resultados, Rady Gramane ascendeu a quinta posição no Ranking Mundial na categoria dos 75 kg, segundo a última atualização feita pela Associação Internacional de Boxe (AIBA), contando com 420 pontos, que serão úteis na campanha de qualificação aos Jogos Olímpicos Paris 2024.
Académica a Equipa do Ano
Depois de vincarem o seu domínio ao nível interno, a equipa sénior feminina de voleibol da Associação Académica de Maputo cimentou a sua hegemonia ao nível regional, ao conquistar o título de bicampeã africana ao nível da Zona VI da modalidade. Estes factos levaram a que a equipa do LanceMZ atribuísse as “estudantes” o título de Equipa do Ano 2022, pois foi neste ano em que conquistaram o primeiro troféu no mês de Janeiro na cidade de Maputo e repetiram o feito em Dezembro em Lusaka, na Zâmbia.
A Académica demonstrou ser uma equipa coesa, contando com alguma das melhores praticantes do voleibol ao nível da região Austral de África, pois para além do título colectivo viu as suas atletas arrebatarem quatro títulos individuais, nomeadamente, com destaque para o de MVP – Melhor Jogadora do Campeonato, conquistado por Ana Paula Sinarportar. Por outro lado, Assiat Ibrahimo Cherinda foi premiada com o Melhor Serviço, enquanto que Juliana Muchinguera levou para Maputo o prémio de Melhor Líbero da competição
