Cerca de cinco meses depois de a União Desportiva ter se sagrado campeã nacional de 2022, a festa do futebol moçambicano está de volta com o início do Moçambola 2023, prova mais importante e mediática no panorama desportivo nacional. O pontapé de saída do Campeonato Nacional vai acontecer este sábado em Tchumene quando a Black Bulls receber no seu reduto o Matchedje de Maputo que regressa este ano à competição.
Por Redacção LanceMZ
Foram largos meses de espera por parte dos amantes da modalidade que não viam a hora da retoma desta competição que mexe com os corações dos moçambicanos do norte ao sul, ou seja, do Zumbo ao Índico, tendo em conta que estarão representadas as equipas de quase todas províncias do país, com excepção de Gaza e Manica, que uma vez mais ficam de fora do mapa futebolístico nacional, enquanto que Cabo Delgado volta a ter um representante na competição com o regresso do Baía de Pemba FC.
Ao todo serão 12 equipas participantes nesta competição que vai estender-se até ao mês de Novembro de acordo com o calendário de jogos que indica que a primeira volta da prova vai decorrer de 15 de Abril a 9 de Julho de 2023.
SEIS FERROVIÁRIOS NO MOÇAMBOLA
O Moçambola 2023 será o que maior número de clubes Ferroviários terá como participantes. Ao todo são seis equipas a saber: Ferroviário de Maputo, Ferroviário da Beira, Ferroviário de Nampula, Ferroviário de Lichinga, Ferroviário de Nacala e Ferroviário de Quelimane (promovido esta época para a prova).
Apesar de os clubes terem sido constituídos através de associações locais, ou seja, por pessoas jurídicas diferentes, verdade é que todos têm a mesma génese: pertencem à empresa pública Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), que é por sinal a única e exclusiva patrocinadora de todos os seis emblemas e também patrocinadora do Moçambola.
Dos doze clubes participantes nesta prova, dez contam com o apoio ou patrocínio de empresas públicas-estatais, sendo que para além dos ferroviários juntam-se nesta condição as equipas da União Desportiva do Songo (HCB- Hidroeléctrica de Cahora Bassa), Costa do Sol (EDM- Electricidade de Moçambique), Associação Desportiva de Vilanculo (ENH – Empresa Nacional de Hidrocarbonetos) e Matchedje de Maputo (MDN – Ministério da Defesa Nacional).
A Associacao Black Bulls (apoiada pela Transportes Lalgy) e o Baía de Pemba FC (suportada pela Mozambique Ruby Mainning e Jogabets) são as únicas equipas participantes no Moçambola 2023 que não contam com apoio de empresas estatais ou públicas, contando com patrocínios de empresas privadas.
CUSTO DO MOÇAMBOLA 2023 FIXADO EM 86 MILHÕES DE METICAIS
O custo directo total para a realização do Campeonato Nacional de Futebol – Moçambola 2023, é de 86.074.193,00 MT (oitenta e seis milhões., setenta e quatro mil e cento e noventa e três Meticais), sendo que a estimativa de custos com o pessoal para 2023 é de 5.453.366,00 MT (cinco milhões, quatrocentos e cinquenta e três mil e trezentos e sessenta e seis Meticais), subdivididos em remunerações para os trabalhadores, encargos sobre realizem remunerações e subsídios para os membros dos órgãos sociais quando realizem actividades no interesse da instituição.
Prevê-se para as despesas com Fornecimentos e Serviços de Terceiros, o valor de 79.8 milhões de Meticais, onde os destaques vão para a rubrica de transporte aéreo com 53.7 milhões de Meticais, transporte terrestre 1.8 milhões de Meticais, despesas com a arbitragem e delegados técnicos com 4.8 milhões de Meticais.
Para a realização do Moçambola - 2023, a Liga Moçambicana de Futebol contratará à LAM 2296 passagens aéreas para o transporte de caravanas desportivas nas suas deslocações, para os percursos que abarcam as cidades de Maputo, Beira, Nampula, Tete, Lichinga e Pemba. Contudo, pelo acréscimo efectuado pela LAM, de mais 473 passagens aéreas, devido às deslocações que obrigam escalas em trânsito, a LMF refere que “vimo-nos obrigados a contratar 2769 passagens aéreas”. (LANCEMZ)