O Ferroviário da Beira recebeu e derrotou o seu homónimo de Maputo por uma bola sem resposta, no jogo de cartaz da quinta jornada do Moçambola 2024. Esta é a primeira vitória do campeão nacional em título na prova, enquanto que os “locomotivas” da capital continuam longe dos triunfos. O golo de Maré que deu o triunfo aliviou a pressão para o treinador luso-moçambicano, Daúto Faquirá, enquanto que o técnico português Sérgio Bóris continua com a ‘corda ao pescoço’, pois registou mais uma derrota que mantém o Ferroviário de Maputo na impensável 11ª posição da tabela classificativa com apenas um ponto.
Por Redacção LanceMZ
Já se sabia que no jogo entre “locomotivas” só a vitória interessava para cada um dos lados para afastar a pressão que os sócios e simpatizantes de cada uma das equipas vem fazendo, face ao mau início do Campeonato Nacional de Futebol, tanto para a equipa do Ferroviário da Beira, assim como para a turma da capital do país.
E um dos sinais de insatisfação para a equipa da casa foi a fraca afluência do público que esteve em número reduzido, quando comparado com as anteriores ocasiões em que a equipa de Daúto Faquirá jogou em sua casa.
Com ambas equipas receando sair sem pontuar, a partida foi decorrendo sem grande espetacularidade, com ambas formações a resguardar-se no seu último reduto, para evitar surpresas desagradáveis.
Quando tudo levava a crer que o nulo seria o resultado ao intervalo, eis que numa jogada confusa no interior da área de baliza o Ferroviário da Beira acaba chegando ao golo, com Maré a aparecer num cacho de jogadores a encontrar a bola para o fundo da baliza de José Guirrugo, inaugurando o activo. Houve protestos por parte dos jogadores do Ferroviário de Maputo, mas o árbitro Dique Muxanga, nem o seu 1º auxiliar Castro Betane nada assinalaram, acabando por validar o golo dos “locomotivas” do Chiveve.
Depois do intervalo o jogo não mudou quando comparado com o que se assistiu na primeira parte, com o equilíbrio a manter-se e com a turma da casa a fazer de tudo para conservar a magra vantagem que trazia do final da etapa inicial da contenda.
Faltou clarividência para a equipa do Ferroviário de Maputo mesmos na cobrança de bolas paradas que não levaram perigo para a baliza de Simplex que conseguiu manter invioláveis as suas redes, terminando o jogo com a vitória para a equipa dos “locomotivas” do Chiveve aliviando a pressão que já ia alta.
Do lado do Ferroviário de Maputo ficaram lamentações pela derrota, com os jogadores e equipa técnica a contestarem a legalidade do único golo que acabou ditando o resultado final do duelo. (LANCEMZ)
FICHA TÉCNICA
CAMPO DO FERROVIÁRIO DA BAIXA
ARBITRAGEM DE: Dique Muxanga; 1° Assistente: Castro Betane; 2° Assistente: Liberaldo Lucas; 4° Árbitro: Guilherme Malagueta; Assessor de Árbitro: Santana Abílio; Delegado da LMF: Tomás Raimundo
FERROVIÁRIO DA BEIRA: FERROVIÁRIO DA BEIRA: Simplex, Manucho, Valter, Gustavo, Comissário (Danito 25’), Edwin (Foia 76’), Shelton (infamara 84’), João, Maré, Dayo e Ling (Anderson 84’)
Suplentes: Paizinho, Celso, Thomas, Edson, Estêvão,
Treinador: Daúto Faquirá
FERROVIÁRIO DE MAPUTO: Guirrugo, Nelson, Huga, Jeitoso, Tununo, Ezequiel, Shaquille, Raymond, Celso, Sumbane, Abass
Suplentes: Manuel, Yude, Rifel, Mário, Neymar, Malino, Bororo, Laque, Denny
Treinador: Sérgio Bóris
“O importante era ganhar” – Daúto Faquirá, Treinador do Ferroviário da Beira
“Felizmente conseguimos controlar sempre o jogo e mostramos aquilo que tenho vindo a dizer comparativamente aos primeiros jogos em que os últimos três foram bem conseguidos, se calhar não jogamos tão bem como na semana passada, mas o importante como disse aos nossos jogadores era ganhar o jogo e depois a qualidade vai chegar, com alguns acertos que vamos fazendo vamos chegar a bom porto. Quero dedicar esta vitória aos nossos adeptos pela forma como têm sofrido e vivem o Ferroviário e a nossa Direcção, especialmente ao Presidente que tem me apoiado muito a mim e à minha equipa técnica”.
“Sofremos um golo irregular” – Sérgio Bóris, Treinador do Ferroviário de Maputo
“Perdemos 1-0 com um golo com uma história muito estranha, honestamente muito e claramente irregular, depois procuramos ir atrás do prejuízo, mas há que frisar que há aqui coisas estranhas que tem acontecido de forma repetitiva contra o Ferroviário de Maputo, acho que em relação a aquilo que é paralelo ao jogo tem que se dizer aquilo que se passa. Já percebemos que não basta sermos melhores, não nos basta ser uma equipa velante”.