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desporto mocambicano

Dézima diz que ameaça dos jogadores faz parte da sabotagem interna e que dívida é de apenas dois meses

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Pouco mais de 48 horas após a divulgação de uma nota de imprensa dando conta da paralisação das actividades por parte dos jogadores do Textáfrica por alegado incumprimento dos pagamentos salariais que se prolonga a quatro meses, o presidente do clube, Alfredo Dézima, revelou que a dívida é de apenas dois meses, resultante dos tumultos verificados recentemente.

 
Por Redacção LanceMZ 

“Nós temos dois meses em atraso causados porque há dois meses nós tivemos um tumulto lá no clube, vieram os adeptos dizendo que queriam fazer uma assistência directa, eles queriam controlar a bilheteira porque não estavam satisfeitos com os trabalhos e eu, junto com a direcção, autorizei, e já se fizeram dois jogos mas nem dinheiro que saiu para pagar um treinador não chega”, começou por explicar o presidente do clube.

 

Dézima, também confirmou que o histórico que moçambicano tem enfrentado dificuldades financeiras por falta de patrocínio.

 

“O Textáfrica tem dificuldade, como todo mundo sabe, que é um clube que não temos ainda patrocinador oficial, estamos a lutar de modo que um dia também conseguimos um patrocinador oficial, nós trabalhamos dia e noite”, disse.

 

Na presente temporada, o Textáfrica de Chimoio tem tido um ano marcado por polémicas e problemas, factos que, para Alfredo Dézima, são frutos de uma sabotagem por parte de alguns membros do clube.

 

“Sabemos que há uma sabotagem interna, dizem que tem um outro presidente quer gerir o clube porque o actual não serve. Porém, isso sempre acontece no Textáfrica. Basta entrar o clube no Moçambola, eles sempre fazem algo do gênero”.

 

Destacou o presidente, que lembrou que, mesmo durante o período pandemia da COVID-19, o clube conseguiu competir e assegurar a subida ao Moçambola com grandes investimentos.

 

A paralisação das actividades por parte do plantel orientado pelo João Chissano coloca em causa a realização do jogo da 12ª jornada do Moçambola, e Dézima, avançou que manifestou, junto da Liga Moçambicana de Futebol, a possibilidade de se adiar a partida.

 

“Fizemos uma carta para a Liga Moçambicana de Futebol (LMF) para ver se podemos adiar o jogo, já remetemos a carta, e eles disseram que o assunto tinha que ser tratado directamente com a UDS, de modo que a gente tenha um bom desfecho. Os atletas estão em greve, então temos essa forma de modo a dar-nos espaço até que eu chegue a Chimoio para ver o que está situação e tentamos remarcar o jogo possível”, adiantou.

 

Apesar dos acontecimentos que marcam o seu mandato, Alfredo Dézima afastou por completo a possibilidade de renunciar ao cargo.

 

“Não, não vou demitir da presidência do Textáfrica. Vou mostrar a eles que vamos trabalhar até o final do campeonato. O Textáfrica é nosso, é de todo mundo, e quem quiser se juntar ao Textáfrica e tomar a conta, deve mostrar o projecto, nos trazer garantias de que não vai levar o Textáfrica para onde nós tiramos", concluiu o presidente.

 

De recordar que, além do incumprimento de pagamentos, está em causa da paralisação das actividades o atraso dos prémios de jogo das últimas 4 partidas, bem como a falta de condições de trabalho e de vida no lar dos jogadores.

 

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