A pouco menos de um mês para o arranque o Moçambola 2025, a União Desportiva do Songo oficializou, nesta quinta-feira, 27 de Fevereiro, a contratação de Daúde Razaque como novo treinador da equipa principal. O técnico moçambicano assina um contrato válido por dois anos e contará com o apoio de adjuntos experientes no futebol nacional, como Victor Matine.
Por Artur Manhique
Entre os principais candidatos à conquista de títulos do futebol moçambicano, os “hidroeléctricos” eram os únicos ainda sem treinador principal e Francisco Xavier, presidente do clube, explicou que a demora se deveu aos critérios de avaliação.
“O processo de selecção do treinador não depende apenas de um elemento, depende primeiro da criação dos requisitos necessários em função dos objectivos que têm de ser alcançados. No entanto, fizemos a avaliação e da avaliação resultou na seleção do treinador Daúde Razaque, razão pela qual este atraso”, esclareceu.
Francisco Xavier avançou que a direcção pretende implementar mudanças no clube de modo a alcançar os principais objectivos traçadas com o treinador.
“Nós estamos num processo de transformação como clube. Primeiro é a modernização do clube, a seguir, temos de baixar o nível etário dos atletas, conquistar a Taça de Moçambique e o Moçambola. Portanto, são esses os objetivos acordados com o mister Razaque”, afirmou o presidente do clube.
Por sua vez, Daúde Razaque reforçou a necessidade da equipa reencontrar o caminho dos títulos. “O que a gente vai tentar fazer aqui o mais rapidamente possível é devolver a União Desportiva do Songo onde tem que estar, que é de volta aos títulos. Essa é a maior missão”, garantiu.
Apesar ds ambição em voltar a levantar o canecão do Moçambola e da Taça de Moçambique, o novo treinador da UD Songo sublinhou que a caminhada deve ser feita com cautela.
“Sabemos de antemão que não podemos ir com muita fome, é preciso ir com cautela. Vamos tentar coordenar tudo, mas nunca descurando do principal objectivo que é ser campeão e atingir também os mesmos títulos na Taça de Moçambique”, destacou Daúde Razaque.
Além disso, o treinador dos “hidroeléctricos” manifestou preocupação com a falta de novos talentos no futebol moçambicano e defendeu a necessidade de fortalecer a aposta na formação. “É importante começarmos a investir fortemente na formação, sob o risco de perdermos alguns nomes como Dominguez e outros jogadores que foram referências. É importante voltar a termos referências no nosso futebol”, concluiu.
Com três títulos do Moçambola (2017, 2018 e 2022) e dois da Taça de Moçambique (2016 e 2018), a União Desportiva do Songo procura voltar ao topo depois de falhar época passada sob comando de Mark Harrison. (LANCEMZ)
