O Comité Olímpico de Moçambique rubricou contratos com vista à atribuição de Bolsas da Solidariedade Olímpica a nove atletas moçambicanos. Tratam-se de Alcinda Panguana e Rady Gramane (do Boxe), Deyse Nhaquila, Denise Parruque e Maria Machava (da Vela), Joaquim Lobo (Canoagem), Creve Machava (Atletismo), Kevin Loforte (Judo) e Matthew Lawrence (Natação).
Por Redacção LanceMZ
Estas bolsas inserem-se no âmbito da preparação dos atletas moçambicanos para conseguirem a qualificação aos Jogos Olímpicos Paris 2024, sendo que nove bolseiros apenas Matthew Lawrence é que receberá pela primeira vez um apoio e os demais já o eram durante o período de preparação da presença em Tóquio 2020.
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Estas bolsas foram atribuídas tendo em conta três critérios, a saber: atleta que tenha participado dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020; atleta que tenha participado em Campeonatos Mundiais e/ou Africanos, tendo se classificado respectivamente nos primeiros 8 ou 5 lugares, nos últimos 2 anos e atleta que tenha participado e tenha conquistado um lugar de pódio nos eventos da zona, nos últimos 2 anos.
Para os atletas, este é um incentivo para as suas carreiras. “É uma ajuda enorme para aquilo que será a minha preparação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, esta é uma forma de puxar por mais atletas que possam conseguir competir ao nível olímpico”, disse Rady Gramane que esteve presente nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 e recentemente venceu a medalha de bronze no Mundial de Boxe disputada na Turquia.
Já Deyse Nhaquila, que também esteve no Japão, considerou que ao renovar a bolsa olímpica “é um sinal de que acreditam nas minhas capacidades e posso voltar a qualificar-me para os Jogos Olímpicos e possivelmente trazer uma medalha para Moçambique pelo que sinto-me feliz por ter a bolsa e prometo continuar a trabalhar para representar o país da melhor forma possível”.
O judoca Kevin Loforte que está a contas com uma lesão referiu que “espero recuperar a tempo de representar o país ao mais alto nível, estou a recuperar das mazelas no joelho com ajuda do Comité Olímpico, a bolsa é uma motivação extra, vou me esforçar bastante para voltar a atingir os níveis anteriores”.
AUMENTAR NÚMERO DE QUALIFICADOS
De 1 de Maio a 31 de Agosto de 2024 cada atleta irá receber o valor de 833 dólares americanos (cerca de 55 mil Meticais) no âmbito da preparação aos Jogos Olímpicos Paris 2024. Para o anterior período relativo à preparação dos Jogos Tóquio 2020 cada atleta recebia o valor de 750 dólares (cerca de 49 mil Meticais). Segundo o Comité Olímpico de Moçambique existe a perspectiva de se alargar o número de bolsistas.
“O nosso foco é o atleta, por isso todos nós de forma coordenada temos que criar condições para que este nosso foco brilhe.A assinatura dos contratos acontece num momento extremamente importante para nós, visto que iniciamos hoje o caminho rumo a Paris 2024”, considerou Francisco Mabjaia, Vice-Presidente do Comité Olímpico de Moçambique.
O Governo espera que estas bolsas possam contribuir para aumentar o número de atletas moçambicanos qualificados para os Jogos Olímpicos que em 2024 vão ter lugar em Paris, na França.
Francisco da Conceição, Director Nacional do Desporto de Rendimento, referiu na ocasião que “o processo da atribuição da bolsa inclui a avaliação e monitoria do trabalho que os atletas estão a fazer que vai ser importante para que os atletas continuem em altas performances e excelentes desempenho, de modo que o país possa chegar a Paris com maior quantidade de atletas possíveis e que cheguem lá por mérito e não por convite como aconteceu muitas vezes, pelo que estamos convencidos que esta é uma parte do apoio possível, com ajuda dos empresários e da sociedade civil”.
As Bolsas Olímpicas são Atribuídas pelo Comité Olímpico Internacional através da Comissão de Solidariedade Olímpica criada em 1985 com objectivo de apoiar os países que não tem grandes capacidades financeiras para a preparar os seus atletas e são atribuídas com base em planos quadrienais. (LANCEMZ)
