A extremo-base Anabela Cossa foi uma das unidades que esteve em destaque na equipa do Ferroviário de Maputo que se sagrou campeã da Liga Africana de Basquetebol Feminino (WBLA). Aos 38 anos de idade, nascida a 7 de Abril, no dia da mulher moçambicana, a experiente jogadora de 1.72 metros, carregou o Ferroviário de Maputo à final ao anotar 31 pontos (dos quais 8 triplos) na partida frente ao APR do Ruanda e no jogo da final contribuiu com 13 pontos (marcando dois triplos e cinco lances livres em igual número de tentativas), para além de um desempenho irrepreensível nas outras partidas que contribuíram para que fosse considerada a melhor triplista da competição com 20 acertos da linha dos três pontos.
Por Redacção LanceMZ
Anabela Cossa juntou a essa conquista individual a conquista pela quinta vez do título de campeã africana de clubes, percurso que um ano depois de ter sido vice-campeã africana de sub-20 (selecção nacional), Cossa, ao serviço do Grupo Desportivo Maputo no qual fez a sua formação, então orientado por Nasir "Nelito" Salé, chegou ao Olimpo de África após vitória sobre o D’Agosto, por 64-47.
Contabilizado um ano e um mês depois, ou seja, a 29 de Novembro de 2008, em Nairobi, Quénia, Anabela Cossa ergueu o segundo troféu na prova, depois do Desportivo vencer na final o D’Agosto, por 57-48. Passados quatro anos, precisamente em 2012, representando a extinta Liga Desportiva de Maputo (ndr: Liga Muçulmana, cuja designação viria a ser alterada na prova ), alcançou o tricampeonato africano de clubes com uma vitória sobre o Interclube de Angola, por 53-43.
Naquela que foi a reedição da final de 2016 com o Interclube, o Ferroviário de Maputo conquistou, em 2018, o seu primeiro título africano de clubes ao vencer as angolanas, por 59-56. Cossa lá estava, integrando, pois claro, com os seus tiros exteriores, o cinco ideal. Falhou, por lesão, a disputa da prova em 2019, no Cairo, Egipto. Competição, essa, ganha com categoria com vitória sobre o Inter de Luanda, por 91-90, num conjunto comandado por Carlos Ibraimo Aik ( que levou o Ferroviário à primeira final, em 2006, em Libreville, Gabão). (LANCEMZ)