O Moçambola vai parar por três semanas para dar lugar aos trabalhos da participação da Selecção Nacional de Futebol, Mambas, nas jornadas de arranque da fase de qualificação ao Campeonato Africano das Nações CAN-2023, agendado para ter lugar na Costa do Marfim.
A paragem tem como imperativo um objectivo nacional, o que leva os treinadores a aceitá-la, mas ficou um sentimento de descontentamento, tendo em conta que a prova já estava a ganhar ritmo, após um início tardio, o que poderá prejudicar as equipas que já estavam a entrar para a alta rotação, mas poderá ser benéfica para aquelas que estão atrasadas. Daí o sabor agridoce desta paragem.
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Quando questionado sobre o impacto desta paragem no rendimento da sua equipa, o treinador sérvio, Serdam Zivojno, ao serviço da União Desportiva do Songo, considerou que “o problema é que o Moçambola começou tarde, segundo a nossa equipa que já venceu três jogos terá que parar cerca de um mês, o que é muito, mas não há nada a fazer porque a Selecção Nacional tem prioridade e quero desejar boa sorte aos Mambas, pelo que esperaremos até 19 de Junho para defrontar o Nacala em casa”.
Quem também lamentou o impacto negativo que poderá ter esta paragem é o treinador da Black Bulls, Inácio Soares, que disse que vai procurar “manter a intensidade do treino nestas três semanas, poderá ter um lado positivo para nos reorganizarmos e ver alguns aspectos que temos a melhorar, quer a nível do plantel quer a nível da qualidade do jogo, mas há pontos negativos desta paragem, pois depois de uma vitória destas (de 6-0 diante do Incomáti) era sempre bom continuar a jogar porque a equipa está moralizada”.
Já Dário Monteiro, treinador da Liga Desportiva do Maputo, é de opinião que a paragem será benéfica para a sua equipa, pois vai permitir a sua reorganização. “Vai ser benéfico para nós, porque coincidentemente vai abrir o período de inscrições pelo que vamos tentar reajustar o nosso plantel, mesmo que não seja com jogadores com tanta qualidade vãos à procura de atletas que têm algumas experiência no Moçambola para junta-los a estes jovens alguns dos quais estrearam-se na partida com o Matchedje de Mocuba, o que vai possibilitar-nos ter um certo equilíbrio entre os desnível que temos em relação à nossa qualidade e a nossa organização”, comentou o treinador.
O Moçambola regressa aos relvados nos dias 18 e 19 de Junho, com a realização dos jogos da quarta jornada prevendo-se dois grandes duelos: Costa do Sol – Ferroviário de Nampula e Ferroviário de Maputo – Black Bulls, partidas estas que vão dizer muito em relação à liderança da tabela classificativa. (LANCEMZ)