No dia em que Feizal Sidat tomava posse para mais um mandato na Presidência da Federação Moçambicana de Futebol, o mandatário de Namoto Chipande que abandonou o pleito ocorrido a 3 de Novembro, chamou a imprensa para a anunciar que a sua lista pretende impugnar o acto eleitoral ocorrido na sala Ferdinand Wilson.
Por Redacção LanceMZ
O advogado Édson Ussaca, um dos mandatários de Chipande, anunciou que a sua lista vai recorrer aos tribunais para que a legalidade seja restabelecida e sejam corrigidos os atropelos revistados na eleição de Feizal Sidat.
Uma das ilegalidades prende-se com o facto de o Regulamento Eleitoral que foi usado para as últimas eleições na FMF não tiveram em conta a nova Lei do Desporto e o respectivo regulamento que alargam o número de votantes nas eleições dos órgãos federativos nacionais.
“Existem guardiões da legalidade que esperamos que se pronunciem. O Conselho de Ministros aprovou esta lei, acho que em algum momento poderemos ter alguma explicação, portanto, não do Governo, mas de quem não fez cumprir a lei, porque não foi cumprida a Lei do Desporto”, disse Ussaca.
A lista de Namoto Chipande reitera que o processo eleitoral foi marcado por vícios que prejudicaram a transparência do mesmo, destacando a falta de igualdade na concorrência outros obstáculos que impediram que a lista divulgasse o seu manifesto.
“Para nós, era uma total falta de respeito ir a este pleito sem sequer falar com os clubes. Nós não falamos com o nosso eleitorado, não tivemos tempo sequer. O que a gente vinha pedindo era que no mínimo fosse adiado o pleito eleitoral”, afirmou Edson Ussaca.
Por outro lado, Ussaca refere que só com a intervenção FIFA é que a candidatura de Namoto
Chipande foi aceite para que tomasse parte no pleito eleitoral.
“Quando nos apercebemos que se tratava de uma manobra dilatória com vista a bloquear a nossa candidatura, acabámos recorrendo à FIFA e fizemos uma exposição. A FIFA fez uma vídeo-conferência com os responsáveis da Federação Moçambicana de Futebol, uma semana antes das eleições, a recomendar que fosse desbloqueado todo o processo que impedia a candidatura de Namoto Chipande”, explicou.
As últimas eleições na Federação Moçambicana de Futebol promete ser uma novela com muitos capítulos. Enquanto isso, Feizal Sidat já foi empossado um novo mandato de quatro anos à frente dos destinos do futebol moçambicano. (LANCEMZ)