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TotalEnergies desmente ter alocado fundos ao FPD para ida da selecção ao México

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A multinacional francesa TotalEnergies desmentiu as notícias que dão conta que alocou cerca de 1.2 milhões de Dólares Americanos, o equivalente a cerca de 80 milhões de Meticais, ao Fundo de Promoção Desportiva (FPD) para financiar a recente e turbulenta participação da selecção nacional de basquetebol sénior feminina no Torneio de Pré-qualificação ao Campeonato do Mundo da modalidade, prova que decorreu até domingo último, 25 de Agosto, na Cidade do México, a capital do México.

 

Por Alfredo Júnior

 

Com efeito, por forma a aferir a veracidade dos factos em relação a este tema que tem agitado o basquetebol nacional, o LanceMZ contactou a TotalEnergies para buscar esclarecimentos sobre o assunto, tendo a fonte afirmado categoricamente que “a empresa não alocou nenhum fundo ao FPD que tinha como objectivo financiar a selecção nacional de basquetebol”, tendo acrescentado que “as notícias que ligam a multinacional ao apoio a esta campanha do México não são verdadeiras”.

 

Quando confrontado com o valor de 1.2 milhões de Dólares Americanos que a Federação Moçambicana de Basquetebol alega terem sido alvo de desvio de aplicação por parte do Fundo de Promoção Desportiva, a nossa fonte revelou que “tudo não passa de um tremendo equivoco”, sustentando que “esse montante faz parte do acordo assinado em 2022 que em nenhum momento previa o apoio a participação feminina na pré-qualificação ao México, sendo que o valor em referência é do acordo rubricado em Quitunda, pelo que aconselho a ir rever o que na época foi dito em relação ao envolvimento da TotalEnergies no apoio ao basquetebol”.

 

Seguindo as recomendações da fonte da multinacional TotalEnergies e que domina o dossier do apoio ao basquetebol,  o LanceMZ recorreu aos seus arquivos, concretamente ao artigo publicado a 12 de Novembro de 2022, com o título “Total Energies injecta 1.2 milhão de dólares na massificação e apoio a selecção nacional de basquetebol feminino”, tendo constatado que o valor em referência se destinava ao financiamento da “iniciativa de massificação do basquetebol e do apoio a participação da  selecção nacional sénior feminina nas principais provas continentais e da etapa de qualificação aos Jogos Olímpicos Paris 2024”.

 

APOIO A SELECÇÃO FEMININA TERMINOU APÓS FALHAR ACESSO AOS JOGOS OLÍMPICOS

 

Mais adiante a nossa fonte esclareceu que o “apoio à selecção feminina de basquetebol se concretizou em diversas competições que deveriam levar à qualificação até as olimpíadas e Moçambique participou na fase de apuramento ao Campeonato Africano que decorreu no Zimbabwe e na fase final do AfroBasket que se realizou no Ruanda, todas elas em 2023, sendo que o país terminou por aí a sua participação na corrida aos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e como não seguiu em diante o financiamento também terminou”.   

 

Por outro lado, o nosso interlocutor esclareceu que “nunca foi assinado um acordo com a Federação Moçambicana de Basquetebol”, acrescentando que as restantes componentes do memorando rubricado com o Governo de Moçambique, através da Secretaria de Estado do Desporto (SED) e que esteve representado pelo Fundo de Promoção Desportiva continuam em vigor.

 

“Através da  Mozambique LNG, operado pela TotalEnergies, continuamos a apoiar o projecto de massificação do basquetebol que prevê o envolvimento de um  total de 600 crianças, sendo 150 de Palma, 150 da região de Mocímboa da Praia e Pemba e igual número em Maputo, numa iniciativa designada Pamoja Tunaweza, (juntos somo capazes) que em Cabo Delgado está a ser implementada pela Academia New Vision e em Maputo pela Escola Moçambicana de Basquetebol que continuam a receber o nosso apoio directo para a sua implementação”, referiu a nossa fonte que lamentou “o barulho que se faz sempre que há apoios ou financiamentos ao desporto moçambicano”.

 

A encerrar a conversa, a nossa fonte recordou que a  “TotalEnergies está presente em Moçambique desde 1991, a companhia actua em dois segmentos: Marketing & Serviços e Pesquisa & Produção”,  realçando que a “multinacional francesa rege-se por princípios de transparência visto que está cotada em bolsa”. (LANCEMZ)

 

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