A retenção de Alberto Lário, um cidadão português nascido em Moçambique e residente em Moçambique há vários anos, já está a prejudicar a preparação dos atletas Alex Macuácuà e Verónica José que vão representar o país nos Jogos da Commonwealth Birmingham 2022 e Campeonato Mundial de Juniores, de Cali, na Colômbia, para além de causar desconforto no seio dos amantes da modalidade. Lário foi retido na tarde de terça-feira, 19 de Julho, em Maputo.
Por Redacção LanceMZ
Os dois atletas que que tem em Alberto Lário como treinador e tutor estão sem poder contar com o seu orientador nesta fase crucial da sua preparação, não tendo treinado nesta quarta-feira, interrompendo bruscamente o seu plano de treinos tendo em vista este compromissos em representação do país.
Se para Macuácuà o plano do trabalho estava na reta final tendo em conta que deixa Maputo nesta quinta-feira com destino à Birmingham, o mesmo já não se pode dizer em relação a Verónica José cuja participação no Mundial está prevista para entre os dias 1 a 6 de Agosto próximo, sendo que o processo de obtenção de visto de entrada na Colômbia estar emperrado, o que agrava-se com q ausência do Presidente da Federação Mocambicana de Atletismo, Kamal Badrú, que se encontra nos Estados Unidos da América.
Alberto Lário era a pessoa que tratava de todos aspectos administrativos e financeiros inerentes a preparação das viagens dos seus atletas.
Por outro lado, a retenção deixou indignada a família de atletismo, sobretudo pelo facto de a denúncia de que Lário estar a viver ilegalmente no país ter partido do Presidente da Federação Moçambicana de Atletismo que fê-lo através das redes sociais e pelo facto de nos últimos dias o treinador ter criticado o facto da impossibilidade de utilização do Parque dos Continuadores devido a realização de um espectáculo musical.
Nas últimas horas várias pessoas ligadas ao atletismo e não só tem estado a envidar esforços para evitar a deportação de Alberto Lário para Portugal.
Refira-se que Lário reside em Moçambique desde 2013, porém vou o seu DIRE que autoriza a residência no país expirar. Consta que em 2016 requereu a nacionalidade moçambicana, ao que até aqui não obteve resposta. (LANCEMZ)