O treinador Luís Lopez Hernandez voltou a ter opções contestadas pelos críticos da modalidade, sobretudo no que diz respeito à utilização de jogadores vindos do banco de suplentes, com o internacional moçambicano Elves “Stam”Houana a ser um dos maiores sacrificados pelo espanhol, que tal como havia feito na Conferência Nilo não utilizou o jogador que em Fevereiro deixou ficar boa impressão ao serviço da selecção nacional.
Por Alfredo Júnior, em Kigali
No jogo deste domingo, 21, o banco do Ferroviário da Beira conseguiu combinar apenas 10 pontos, enquanto Douanes conseguiu 42 pontos da segunda equipa. Questionado pelo LanceMZ sobre os critérios usados para a utilização dos jogadores, Hernandez fugiu em relação a pergunta direta sobre Elves “Stam” Houana, optando por responder sobre a integração de Luís de Barros (contratado ao Costa do Sol) e Tomás Fijamo (vindo do Sporting de Quelimane)
“Luís e Tomás chegaram agora à equipa, há um mês, pelo que a sua integração ainda está difícil, sobretudo para uma competição como esta que é a BAL. Acompanho os meus jogadores todos jogadores nos treinos, na companhia dos meus adjuntos avaliamos o que cada um pode dar para esta liga. Não vou me referir porquê um ou outro jogador não foi utilizado, essa é minha decisão por isso sou o treinador, sei qual é a vantagem ou desvantagem de usar ou não um ou outro jogador e no final o treinador é quem toma decisão”, explicou Hernandez.
Em relação à prestação do Ferroviário da Beira nestes “play-offs”, o treinador espanhol referiu que a falta de competição e a superioridade do adversário foram determinantes para a eliminação.
“Não sinto que falhamos em lago, este é um jogo de basquetebol, ele tem uma equipa forte, eles jogaram melhor que nós, tem uma grande equipa. Nós não tivemos preparação, não tivemos jogos. Desde Novembro do ano passado que apenas fizemos seis jogos na BAL, mesmo assim conseguimos ser mais fortes nos ressaltos tivemos 23 contra 22, mas não temos a mesma estrutura que o AS Douanes. Tentamos fazer o nosso melhor, perante todas as viscitudes”, disse Luis Lopez Hernandez.
“Estamos orgulhosos por estarmos entre as oito melhores equipas de África, sem competição na Beira e em Moçambique, pelo que estou orgulhoso destes jogadores que só treinam e não jogam, tiveram que enfrentar adversários como o Al Ahly com quem competimos e batemo-nos bem na segunda parte. Os meus atletas preparam-se bem durante esta semana, mas enfrentamos um adversário mais forte que nos derrotou.
FALTA DE DINHEIRO E CONDIÇÕES PARA TREINAMENTO
Hernandez diz que faz uma avaliação positiva da participação na terceira edição da BAL, porém lamenta não ter condições financeiras para contratar jogadores de maior valia e experiência, queixando-se também das condições de treinamento no Chiveve.
“Tiro aqui as mesmas ilações que tirei da edição passada: precisamos ter melhor poder de compra para contratar melhores jogadores para esta Bal, com nível profissional elevado, tivemos o Bourama que teve a sua primeira experiência profissional, o Makhtar Gueye vem do Vive Menorca da terceira divisão da Espanha nunca havia jogado numa competição a este nível, assinamos com esses jogadores porque não temos um grande orçamento, se tivesse mais dinheiro talvez assinaria com o Crawford”, disse o treinador “Locomotiva”.
“Não temos um pavilhão ou piso em condições na Beira, treinamos num piso de cimento e quando chove não podemos treinar, ficamos sem pavilhão por conta do ciclone Idai o que torna difícil o nosso trabalho e o terceiro ponto é que não temos competição interna, por isso estamos aqui que nem um milagre, mas estamos aqui e terminamos entre as oito melhores o que é positivo”, explicou o treinador. (LANCEMZ)