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Não ida a balneários que os clubes considerem imundos e sem água vale multa de 50 mil Meticais no Moçambola

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O Ferroviário da Beira foi multado em 50 mil Meticais pelo Conselho de Disciplina da Liga Moçambicana de Futebol pelo facto de a sua equipa não ter recolhido aos balneários no jogo que disputou no último domingo e perdeu frente ao seu homônimo de Lichinga por duas bolas a uma. Este é o segundo clube sancionado por infração idêntica, tendo na primeira jornada o Costa do Sol ter sido multado por igual quantia por igual infração no jogo frente ao Ferroviário de Lichinga.

 

Por Redacção LanceMZ

 

Em ambos caso, os clubes justificam a não ida aos balneários com o facto de serem imundos, mal cheirosos e por vezes não terem água canalizada, ou seja, não reúnem condições para que os os atletas e treinadores possam realizar as actividades que normalmente fazem ao intervalo e no final dos jogos.

 

Uma fonte do Ferroviário da Beira que não quis se identificar quando questionado o porquê da sua equipa não ter utilizado os balneários do Estádio Municipal de Lichinga no último fim-de-semana referiu que “os mesmos não estavam em condições higiénicas aceitáveis, para além de serem de dimensão apertada para uma equipa de futebol, facto que foi comunicado a equipa de arbitragem e aos delegados do jogo que na hora concordaram com a permanência da equipa no rectângulo de jogos ao intervalo”.

 

A nossa fonte acrescentou que “sucede, porém, que o delegado que é da mesma província que o clube visitado decidiu colocar essa situação no seu relatório, daí a origem da multa aplicada pela Liga Moçambicana de Futebol”.

 

O Costa do Sol apresentou queixas idênticas em relação à situação do estado em que se encontra o balneário do Campo do Ferroviário de Quelimane que “não apresenta as condições desejadas para uma equipa que participa numa prova de alta competição”, apelando para que a Liga Moçambicana de futebol “destaque inspectores independentes para aferir as reais condições em que se encontram os balneários de uma boa parte de clubes que toma parte no Moçambola”.

 

FUGA AO OBSCURANTISMO?

 

Entretanto, há quem advogue que a não ida aos balneários dos adversários antes, no intervalo e depois dos jogos em alguns recintos que acolhem as partidas do Campeonato Nacional de Futebol esteja relacionada com crenças ligadas ao obscurantismo.

 

“Há treinadores que não levam as suas equipas aos balneários por acreditarem que estes estejam minados, ou seja, que tenham sido trabalhados por curandeiros que colocaram substâncias para que a equipa adversária não consiga vencer os jogos nestes campos e a não ida aos balneários é vista como uma forma de evitar que os jogadores caiam na emboscada do obscurantismo”, referiu um antigo jogador que não quis identificar-se.

 

O certo é que o Conselho de Disciplina da Liga Moçambicana de Futebol promete continuar a ir ao bolso dos clubes que desrespeitem as normas previstas no regulamento de competições relacionada com o uso dos balneários sobretudo nos intervalos dos jogos do Moçambola 2023. (LANCEMZ)

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