A selecção nacional de basquetebol de Moçambique registou a sua terceira derrota, desta feita frente à Nova Zelândia por 79-63 e encerrou a sua participação no torneio de pré-qualificação ao Campeonato do Mundo de Basquetebol que decorre na Cidade do México até ao próximo domingo, 25 de Agosto. As Guerreiras da Pérola do Índico, tiveram um saldo negativo nesta etapa e agora têm no AfroBasket 2025 a realizar na Costa do Marfim, como a nova rota para poder voltar a discutir o acesso ao Mundial Alemanha 2026, por forma a repetir a presença na prova tal como aconteceu em 2014 quando o certame se realizou na Turquia.
Por Redacção LanceMZ
Procurar salvar a sua honra era o objectivo de Moçambique para o jogo com a Nova Zelândia, visto que na jornada anterior o combinado nacional já tinha perdido a oportunidade de chegar às meias-finais desta competição que decorre no México, na sequência da segunda derrota registada na partida frente a Montenegro (52-74), conjugada com o desaire na ronda inaugural frente as anfitriãs (71-65).
Sem poder contar com a capitã Odélia Mafanela, que esteve ausente devido a lesão contraída no jogo frente as montenegrinas, o treinador sérvio Slavoljub Gorunovic iniciou o jogo com as jogadoras Delma Zitha, Euleutéria Lhavanguana, Ingvild Mucauro, Célia Sumbana e Vilma Covane, jogadoras que demonstraram algumas dificuldades para parar o jogo interior da Nova Zelândia que ao cabo dos primeiros dez minutos já vencia por 14-12.
DIFICULDADES NO JOGO INTERIOR
As dificuldades de Moçambique na zona pintada bem como no lançamento exterior voltaram a evidenciar-se no segundo quarto, em que as adversárias aproveitaram para impor o seu jogo terminando esta etapa com um parcial de 30-18, doze pontos de diferença que colocaram o resultado em 44-30 ao intervalo.
O terceiro foi o melhor quarto para Moçambique que procurou aproximar-se do marcador, com Ingvild Mucauro a procurar puxar pelas suas companheiras e Carla Covane aproveitou a sua altura para marcar pontos próximo da tabela, porém o máximo que as moçambicanas conseguiram foi terminar o quarto empatadas a 20 pontos, longe de reduzir os 14 pontos de vantagem para a equipa da Nova Zelândia que também procurava a sua primeira vitória e terminou os trinta minutos do jogo a vencer por 64-50.
No último quarto, a Nova Zelândia continuou a mandar nas tabelas (conquistou 65 ressaltos contra 32 de Moçambique em todo jogo), Moçambique teve mais roubos de bolas (16 contra 8 em toda partida). Comandadas por Lauren Whittaker (27 pontos e 8 ressaltos) as novas zelandesas facilmente chegaram a um parcial de 15-13 que permitiu uma vitória convincente por 79-63, 16 pontos que espelham as diferenças entre as duas equipas.
MUCAURO E PINTO EM DESTAQUE
A extremo Ingvild Mucauro voltou a evidenciar-se na equipa moçambicana a anotar 14 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências, com uma eficiência de 10, menos dois que Chanaya Pinto que esteve a um bom nível ao converter 13 pontos e 4 assistências, enquanto debaixo da tabela Carla Covane deu o ar da sua graça com 12 pontos e 2 ressaltos.
Com esta prestação, Moçambique regressa a casa já a pensar nas eliminatórias de acesso ao AfroBasket 2025 que será a fase continental na qual poderá continuar a almejar a presença no Mundial Alemanha 2026. Para tal, deverá primeiro disputar a qualificação regional que terá lugar entre os meses de Novembro de 2024 e Fevereiro de 2025, para depois procurar ficar numa das quatro primeiras posições da prova continental, a realizar-se próximo ano na Costa do Marfim, de modo a disputar o acesso ao Campeonato do Mundo. (LANCEMZ)