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Milagre Macome: com melhor organização e preparação poderíamos ter chegado longe no AfroCAN-2023

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O Seleccionador Nacional de basquetebol sénior masculino, Milagre Macome, fez uma avaliação positiva da presença de Moçambique no AfroCAN-2023, pese embora o combinado nacional não tenha conseguido chegar aos quartos-de-final da prova que decorreu em Luanda, a capital de Angola. Macome acredita que com uma melhor organização da campanha por parte de todos actores desportivos nacionais e consequente uma melhor preparação, Moçambique poderia ter chegado a outros resultados na Arena Multiuso do Kilamba, onde o país deixou ficar boas indicações para o futuro, tendo em conta a prestação dos atletas que pela primeira vez competiram ao nível da Selecção Nacional A.

 

Por Alfredo Júnior, em Luanda

 

Ao todo Moçambique realizou três jogos nesta competição, tendo feito a sua estreia com uma vitória frente aos Camarões por 65-71 e no segundo jogo da fase de grupos perdeu por 58-77 com a então campeã em título e falhou o acesso aos quartos-de-final ao perder para o Ruanda por 62-73. Fazendo um balanço desta prestação, Milagre Macome referiu que os resultados não o surpreenderam dado o nível de organização e preparação para este AfroCAN-2023.

 

“Estávamos cientes das dificuldades que haveríamos de encontrar nesta selecção, fruto de alguma juventude da nossa equipa, nós ao convocarmos esta selecção estávamos claros de que haveríamos de encontrar equipas mais organizadas e mais fortes, confiamos na juventude que nós trouxemos que teve a primeira internacionalização ao nível dos seniores masculinos, são os primeiros três jogos que tiveram em conjunto como equipa, pecamos na nossa organização, planificação e na nossa preparação, viemos fazer os primeiros jogos de controlo justamente na competição, pelo que perante esse cenários a avaliação que faço é positiva, pois num conjunto de três jogos todos eles difíceis tivemos uma vitória e duas derrotas poderíamos ter feito melhor”, analisou Milagre Macome.

 

“RESPONSABILIDADE É MINHA E DA FEDERAÇÃO” ASSUME MACOME

 

Esta foi a primeira vez que Moçambique participou no AfroCAN, depois de ter gazetado a primeira edição que decorreu em 2019, derivado de falta de fundos para fazer deslocar a equipa para o local de competição. Apesar de não ter passado para os quartos-de-final, Macome considera que os objectivos foram alcançados, sobretudo na componente ligada ao lançamento de novos jogadores para a selecção sénior masculina.

 

“Infelizmente não conseguimos seguir além na prova, mas estão de parabéns os meus atletas, trabalharam e fizeram de tudo para elevar bem alto o nome de Moçambique, infelizmente não conseguimos mais do que estes resultados, faz parte do desporto em que se conta aqueles que venceram, a responsabilidade total é minha como treinador, visto que fui quem convocou estes jogadores e em coordenação com a federação apostamos nesta juventude que tem um futuro largo pela frente”, disse Macome.

 

Para além da organização e preparação precária, o Seleccionador aponta outros factores que estiveram por detrás destes resultados, identificando sobretudo a atitude defensiva e a falta de eficácia nos lançamentos livres como um factor a melhorar.

 

“Faltou-nos atitude defensiva motivada pela inexperiência de alguns jogadores que estamos a lançar, temos um conjunto de jogadores que pela primeira vez estão a participar neste tipo de competições ao nível de seniores masculinos. Pecamos no capítulo dos lançamentos livres e uma equipa que perde tantos lançamentos livres arrisca-se a perder, comentou o treinador moçambicano.”

 

BOA RESPOSTA DOS JOVENS SELECCIONADOS

 

Um total de 13 jogadores foram convocados por Milagre Macome para fazerem parte da lista final que representou Moçambique no AfroCAN-2023. O destaque vai para integração de jovens jogadores Azénio Cossa (não fez parte dos 12 finais por insuficiência de documentos para a sua primeira inscrição da plataforma da FIBA) e Wami Chongo, ambos de 19 anos, que representam a equipa Sub-20 do Costa do Sol que tiveram o seu baptismo na selecção nacional sénior, tal como Célio Chirombe (23 anos do Ferroviário da Beira) e Malik Camal (22 anos do Club Ballon Ilicitano Da Espanha), para além de Jeremias Manjate (24 anos e joga no AD Galomar de Portugal) e Turdevales Nhamtumbo (26 anos do Maxaquene) que já estiveram em outras campanhas. Sobre a integração e prestação destes jovens na Selecção A, Milagre Macome fez uma apreciação positiva. 

 

“Gostamos da atitude dos novos jogadores, repare que temos dois jogadores de 19 anos, o Malik tem 22 anos e só participou na selecção sub-16 há quatro ou cinco anos, os outros que são mais novos tiveram a primeira internacionalização nesta prova, por isso que creio que Moçambique com um bocado mais de organização e aposta pode ter um futuro risonho. No país temos outros jogadores jovens que estão a despontar, trouxemos a Luanda quatro a cinco jogadores desse grupo, creio que é possível fazer melhor, se melhorarmos o nosso nível de organização e de preparação, não entra na cabeça de ninguém que possamos vir para uma prova como esta super competitiva com 15 unidades de treino e sem jogos de controlo, torna-se complicado”.

 

FALTA DE RITMO COMPETITIVO

 

Ao longo da competição, os jogadores moçambicanos denotaram uma clara falta de ritmo competitivo, derivado do facto de as provas terem iniciado a pouco tempo, particularmente na cidade de Maputo de onde é proveniente a maior parte dos jogadores, tendo Macome considerado ser pertinente a melhoria do quadro competitivo nacional.

 

“O nosso campeonato nacional ainda não arrancou e vamos a meio do mês, temos alguns jogadores mais experientes que desde a última eliminatória em Fevereiro só fizeram os primeiros três jogos da época no AfroCAN, não quero usar esses factores para desculpar-me pelas duas derrotas, mas há um conjunto de situações que devem melhorar no nosso basquetebol, porque contra factos não há argumentos”, disse o Seleccionador Nacional.

 

O próximo compromisso da selecção nacional de seniores masculinos poderá acontecer entre os meses de Outubro ou Novembro, quando iniciar a fase de qualificação para o próximo AfroBasket da categoria. (LANCEMZ)

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