A cidade de Maputo vai acolher nos dias 9 e 10 de Junho a XVIIIª Assembleia Geral da FIBA-África, o organismo máximo do basquetebol africano. No evento equivalente ao Congresso da instituição, vai ser definido o futuro da bola-ao-cesto continental, pois para além da reeleição do moçambicano, Aníbal Manava, para o cargo de presidente, vários temas estão arrolados para serem discutidos em Maputo, destacando-se o desenvolvimento do basquetebol feminino e juvenil.
Redacção LanceMZ e António Muianga (Fotos)
A Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) é a anfitriã desta magna reunião que vai trazer a capital do país representantes de cerca de 50 federações membros da FIBA-África, um número que se antevê seja recorde ao nível de participação, o que para Roque Sebastião, Presidente da FMB, é um momento para exaltar o basquetebol moçambicano e africano.
“Teremos aqui em Moçambique o Presidente e o Secretário Geral da FIBA – Mundo e os representantes de todo continente o que significa que vamos ter aqui na Pérola do ïndici a nata de todo basquetebol a perspectivar aquilo que será o futuro basquetebol não só ao nível do continente africano, mas também ao nível do mundo, visto que Agosto terá lugar o Congresso da FIBA-Mundo, pelo temos a oportunidade de presenciar este momento histórico e ímpar que acontecerá aqui em Maputo”, disse Roque Sebastiao,
PARTICIPAÇÃO DA MULHER E BASQUETEBOL JUVENIL NA AGENDA
A Assembleia Geral electiva da FIBA África que terá lugar em Maputo de 9 a 10 de Junho, reveste-se de grande importância para o futuro da organização, tendo em conta que vários cargos, incluindo o de presidente da FIBA África, presidentes das sete subzonas da FIBA África, tesoureiro e comités de competições estarão à disposição e serão eleitos na capital moçambicana, segundo referenciou Alphonse Bilé, Secretário Geral do organismo.
“Moçambique é um país que demonstrou a sua capacidade organizativa sobretudo de competições femininas e queremos celebrar aqui nesta cidade a organização que o país nos habituou e durante esta semana teremos a reunião do Comité Executivo, Central Board e das Zonas, para além das eleições das sete regiões. Teremos aqui os mais altos responsáveis da FIBA-Mundo que virão de Geneva na Suíça para participar neste evento, para além da presença do próximo presidente da FIBA-Mundo estará em Maputo, refiro-me ao Sheik do Qatar que tomará parte neste congresso da FIBA”, disse Alphonse Bilé quando abordava importância do evento a ter lugar no nosso país.
Para além da eleição dos cargos acima mencionados, a reunião de Maputo vai debater o futuro do basquetebol africano, com realce para a participação da mulher na modalidade, bem como o desenvolvimento do basquetebol juvenil.
“Vamos discutir aqui em Maputo que estratégias a adoptar para desenvolvermos a participação da mulher no basquetebol, queremos melhorar as competições ao nível dos femininos, bem como a capacitação de todas que estão envolvidas na modalidade, tal é o caso das árbitras, entre outras. Por outro lado, temos que olhar para o desenvolvimento dos escalões de formação, capacitarmos os nossos jovens para que melhor se apresentem na modalidade, isto através da criação de academias africanas tal como está a ser feito pelo nosso parceiro da NBA. Com a presença dos delegados vamos poder discutir o que melhor se deve fazer para o desenvolver o basquetebol africanos nessas duas vertentes”, disse Bilé.
INFRAESTRUTURAS PARA A PRÁTICA DE BASQUETEBOL
Outro tema de capital importância a ser discutido no Congresso de Maputo está relacionado com a questão das infraestruturas. Segundo Alphonse Bilé este é um dos calcanhares de Aquiles para o desenvolvimento da modalidade em vários países africanos, daí que a FIBA-África tenciona estudar com as respectivas federações mecanismos para ultrapassar este problema.
“Temos em agenda vários problemas africanos que deverão ser discutidos aqui em Maputo, por exemplo a questão das infraestruturas. A FIBA-África não constrói infraestruturas como pavilhões, mas nós queremos apoiar os países a construírem pavilhões, não estamos a falar de arenas da dimensão do Dakar Arena ou do Kigali Arena, mas estamos a falar de recintos menores com capacidade de dois a três mil espectadores que podem ser edificados para melhorar a qualidade da prática da modalidade. Este é um assunto que estará em agenda e queremos ver como poderemos apoiar as nossas federações nessa componente”, disse o Secretário Geral da FIBA-África.
O Congresso de Maputo vai abordar ainda a questão relativa à participação de jogadores nascidos fora do continente africanos nas selecções nacionais de cada país, entre outros temas que visam elevar o nível competitivo da bola-ao-cesto ao nível continental. (LANCEMZ)