Quinze anos depois, Moçambique volta a conquistar um lugar no pódio, sendo esta a quarta medalha de bronze (1997, 2004, 2009) na história desta competição, ao derrotar a Comores por 3-1 na transformação de pontapés da marca de grande penalidade, após um empate a duas bolas no tempo regulamentar numa competição ganha por Angola, em pleno Estádio Nelson Mandela Bay, sendo este o quarto título (1999, 2001,2004), do Palancas Negras que na 23ª edição da Taça COSAFA após golear, na final, a sua congénere da Namíbia por expressivos 5-0.
Por Redacção LanceMZ
Na luta pela medalha de bronze Moçambique levou a melhor sobre as Ilhas Comores, na lotaria das grandes penalidades, depois do empate a duas bolas (2-2), no tempo regulamentar. Moçambique esteve em desvantagem na primeira etapa, após sofrer o golo à passagem do minuto 32, por intermédio de Hadji, mas Chamito, eleito melhor jogador em campo, marcou o golo do empate aos 51 minutos. Os insulares voltaram a ampliar a vantagem aos 70 por Youssouf, não obstante, Chamito repôs a igualdade aos 77 minutos, levando a decisão aos pênaltis.
Na decisão através da marca dos 11 metros, o guarda-redes moçambicano Armando Doutor foi imperial ao defender três das cinco grandes penalidades, permitindo a vitória dos Mambinhas Sib-23 por 3-1.
ANGOLA SEM CONTEMPLAÇÕES
Na final decorrida no mesmo recinto, a selecção de angola esteve sem contemplações ao derrotar as Comores por 5-0, com os golos a serem apontados por Pedro (12 minutos), Laurindo (44´), Nanque (57´, 67´) e Keliano (70´), foram os obreiros da façanha, numa partida em que as “Palancas Negras”, subjugaram os “Bravos Guerreiros”, que estiveram muitos furos abaixo das expectativas e sem argumentos para contrariar o fúria avassaladora da equipa treinada por Pedro Gonçalves.
No rescaldo das 23 edições até aqui realizadas, Zâmbia (7), continua no topo, seguindo Zimbabwe (6), África d Sul (5), Angola (1999, 2001, 2004) e Namíbia (1).
Esta competição vinha decorrendo desde o passado dia 26 de Junho, na cidade sul-africana de Port Elizabeth, actual Gqeberha.
ARMANDO O DOUTOR DOS GUARDA-REDES DA COSAFA
Como é de costume, foram premiados os jogadores que se destacaram nesta prova, tendo o angolano António Muanza, conquistado o prémio do jogador do torneio, enquanto que o seu compatriota, Laurindo Aurélio, arrebatou o prémio de “Bota de ouro”, destacando-se o melhor marcador do torneio com cinco golo.
O moçambicano Armando Doutor, por sua vez, foi agraciado com as “Luvas de ouro”, como melhor guarda-redes do torneio e, não menos importante, foi o prémio “Fair Play” atribuído às Comores.
Este momento foi testemunhado pelo presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF) DR. Patrice Motsep, que se fez acompanhar com o secretário-geral, Véron Mosengo-Omba, e várias distintas figuras do panorama futebolístico regional e não só. (LANCE)
ESTATÍSTICAS DA TAÇA COSAFA 2024
JOGOS REALIZADOS: 22
Golos marcados: 47
Maior vitória: Angola 5 Namibia 0 (Final, 7 de Julho)
Mais golos numa partida: 5 – Angola 3 Seychelles 2 (Grupo C, 1 de Julho); Angola 5 Namíbia 0 (Final, 7 de Julho)
Melhores Marcadores
5 golos – Depu (Angola)
3 – Chamito Alfândega (Moçambique), Bethuel Muzeu (Namíbia), Vidinho (Angola), Ibroihim Youssouf (Comores)
2 – Affane Djambae (Comores), Keliano (Angola), Brandon Labrosse (Seychelles), Austine Odhiambo (Quénia), Michael Tapera (Zimbabwe)
1 – Takunda Benhura (Zimbabwe), Pedro Bondo (Angola), Edmundo Candido (Moçambique), Rushwin Dortley (África do Sul), Momed Ferreira (Moçambique), Lehlohonolo Fothoane (Lesotho), Johan Gamatice (Seychelles), Kassim Hadji (Comores), Lorenzo Hoareau (Seychelles), Ivan Kamberipa (Namíbia), Tebogo Kopelang (Botswana), Erastus Kulula (Namíbia), Maestro (Angola), Dário Melo (Moçambique), Miro (Angola), Neo Mokhachane (Lesotho), Benson Omalla (Quénia), Patrick Otieno (Quénia), Thabang Sibanyoni (África do Sul), Jane Thabantso (Lesotho)