Os jogadores da selecção nacional de futebol, Mambas, suspenderam a greve que vinham observando e que fez com que no sábado e domingo não treinassem devido a exigência do pagamento de mais 600 dólares americanos (cerca de 40 mil Meticais) para que pudessem realizar o segundo jogo inserido no estágio que observam em Portugal. Depois de dois dias de paralisação de actividades, os jogadores e a equipa técnica decidiu que esta segunda-feira, 16 de Agosto, vão a jogo diante da Nigéria, partida que está marcada para ter lugar pelas 17 Horas de Maputo e terá lugar no Estádio Municipal de Albufeira, em Algarve.
Por Redacção LanceMZ
A decisão de realizar o jogo foi tomada sem que a Federação Moçambicana de Futebol respondesse positivamente as exigências dos jogadores dos Mambas que reiteram que o que exigem está previsto no regulamento ora em vigor.
Entretanto, o Presidente da FMF, Feizal Sidat, reagiu a este imbróglio, condenando a atitude dos jogadores e reafirmando que tudo que está relacionado com o pagamento de ajudas de custo e premiação está devidamente estipulado no respectivo regulamento.
“O importante, aqui, é que na selecção nacional não se ganha dinheiro. Onde é que se ganha dinheiro? Lá nos clubes. Selecção é a montra. Muitos jogadores que estiveram na selecção nacional hoje estão além-fronteiras. Não pode ser dentro da selecção nacional onde queremos ganhar dinheiro. Esta filosofia, dentro da instituíção FMF, não pode e penso que todos estamos unânimes nisso. Você está convocado para selecção nacional e está envergar camisola de trinta milhões de meticais”, argumentou Feizal Sidat.
Feizal Sidat foi crítico quanto a posição dos jogadores em exigirem o pagamento de 600 USD adicionais.
“Depois, nós sabemos que são jogos amigáveis. Nós sabemos o que é um jogo amigável. Sabem? Não pode ser assim. Não pode ser. As regras do jogo foram definidas há três anos atrás. Eles receberam os regulamentos. Tudo está escrito. Chegar a um jogo amigável e exigir dinheiro e dizer que não queremos jogar porque queremos dinheiro aqui e agora”, observou.
O timoneiro da FMF considerou de indisciplina a exigência dos Mambas. “Não vamos admitir este tipo de indisciplina. Vamos manter a nossa coesão. Selecção nacional é pátria. É mística.”
“O que nós queremos dizer é que temos que ser assíduos no CAN e não sermos “outsiders”, vamos e não vamos treze anos depois. Foi comigo mesmo em 2010 e, agora, treze anos depois também. Estamos a fazer uma selecção dentro dos veteranos e com alguma juventude.Estamos a falar de jovens com 21 e 22 anos que têm muito pela frente. Eu penso que a selecção nacional está sendo bem apetrechada. Agora, é preciso que haja patriotismo”, referiu Sidat. (LANCEMZ)