As escolas secundarias Francisco Manyanga, em femininos, e Josina Machel, em masculinos, sagraram-se campeãs do Torneio NBA Jr, na modalidade de basquetebol, uma iniciativa que vinha decorrendo ao longo dos últimos seis meses envolvendo escolas da cidade de e província de Maputo e que foi organizada pela Fundação Clarisse Machanguana em parceria com a NBA-Liga Norte Americana profissional de Basquetebol e a Exxon Mobil.
Por Redacção LanceMZ e José Zangado (Fotos)
O pavilhão da A Politécnica foi o local escolhido para acolher as finais do Torneio de Basquetebol Jr. NBA que Marco último envolveu mais de 300 crianças oriundas de 30 escolas, tanto em masculinos quanto em femininos, cujas equipas levavam o nome das formações que militam na NBA. Divididas em duas conferências, as equipas foram disputando a vaga na final da prova que tem como objectivo descobrir novos talentos para a modalidade.
Em femininos a final foi disputada entre as equipas da Francisco Manyanga e da Liberdade, com a primeira escola a sair-se vitoriosa com o placard a registar o resultado final de 34-14 que demonstra a diferença entre as duas escolas.
A Escola Secundaria da Liberdade também disputou a final em masculinos, desta feita frente a Josina Machel, e a turma que representa a província de Maputo voltou a sair derrotada pela formação da capital do país com o resultado final a fixar-se em 50-21.
O programa Jr. NBA, que se destina a apoiar o desenvolvimento da juventude em Moçambique, pretende cultivar os talentos dos jovens rapazes e raparigas moçambicanos, incentivando-os a participar no basquetebol e em actividades culturais, como dança, música, entre outros.
“Foram seis meses de muito trabalho, de aprendizagem, evidência de que há muito por se trabalhar, mas também verificamos muito entusiasmo e muita necessidade de haver mais coaches clinics. Isso tem que ser um investimento muito grande, falamos com a federação para colaborarmos nesse sentido, que não sejam só os da Júnior NBA, mas também os treinadores de formação aqui do nosso país, sobretudo de Maputo, onde neste momento estamos”, disse Clarisse Machanguana.
ENSINAR A CIÊNCIA DO CESTO
Depois do término desta edição, as actividades continuarão com a realização de outra componente do programa que também coloca o foco em habilidades fundamentais para a vida, retenção de crianças na escola e promoção de estudos de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) para meninos e meninas, segundo revelou Clarisse Machanguana.
“Neste momento, após o fim deste evento, nós vamos continuar a trabalhar na parte da ciência do cesto. Ou seja, estamos a oferecer programas em que os meninos aprendem tudo aquilo que de científico tem o campo de basquete. Como é que se constrói, quais são as medidas, o ângulo de cesto, a força necessária para lançar, a velocidade, a densidade, todos esses aspectos que são fundamentais para que eles comecem a ter amor pela ciência, pela tecnologia, pela engenharia e pela matemática. Continuamos a inovar, na esperança de que nos próximos passos possamos ter computadores onde aprendam a fazer aplicação dos vários conhecimentos, não só da escola, como também do basquete. Estamos apostados na parte académica e desportiva”, referiu Clarisse Machanguana.
Machanguana referiu que já se esta a projectar a próxima edição, que terá lugar no próximo ano, porém há actividades que vão continuar a decorrer ao longo dos próximos meses.
“Estamos ainda a coordenar com as escolas participantes porque têm aulas. Em termos de coaches clinics, também estamos a coordenar com a NBA para que venham nos dar. Ainda não temos datas, vamos anunciar na primeira oportunidade porque também fazemos em colaboração com a federação. Vamos providenciar capacitação para treinadores e também para os jogadores. Melhores 50 do campeonato, melhores 25, na perspectiva de identificar talentos. (LANCEMZ)
