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FIFA actualiza conhecimentos de árbitros de elite e assessores moçambicanos

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A Federação Internacional de Futebol – FIFA e a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) integrada na Federação Moçambicana de Futebol (FMF) promoveram a actualização de conhecimentos dos árbitros de elite que tem estado a evoluir no Moçambola e ao nível internacional, por forma a que acompanhem o desenvolvimento das principais regras que rege a modalidade.

 

Por Redacção LanceMZ

 

Ao todo foram trinta 38 homens e mulheres do apito e árbitros assistentes que semanalmente desfilam nos principais campos do futebol nacional que beneficiaram da atualização dos seus conhecimentos, numa capacitação que foi orientada pelo instrutor FIFA de origem zimbabweana Félix Tongarai, na companhia de instrutores nacionais.

 

Dentre testes físicos, aulas práticas e teóricas os árbitros se beneficiaram de ensinamentos que poderão permitir um bom desempenho, actualização que veio a calhar, pois o sector de arbitragem tem enfrentado, muitas críticas a cada jogo grande do Moçambola. Francisco Machel, Presidente da CNAF considerou este curso importante, não só na componente da actualização dos conhecimentos dos participantes, mas sobretudo para poder contribuir no aumento do número de árbitros internacionais moçambicanos. 

 

“É um curso para capacitar os árbitros, principalmente os da FIFA e aqueles que estamos a usar na primeira liga e ainda alguns que estão no processo de progressão. Este é o objetivo principal. Além disso, também nós estamos a usar este curso, porque além do curso em si, estamos a fazer práticas também. Antes disso, a condição foi fazer testes físicos e felizmente todos os árbitros submetidos a estes testes tiveram uma percentagem de 100% de aprovações. E também vamos usar estes testes para os árbitros de FIFA que nós temos este ano para renovar e, se possível, introduzir novos árbitros na FIFA”, disse Machel.

 

A ocasião serviu para que o instrutor da FIFA pudesse fazer uma avaliação dos conhecimentos teóricos e práticos dos árbitros internacionais moçambicanos e Félix Tongarai deu nota positiva aos mesmos, sublinhando o facto de regularmente o nosso país ver a CAF nomear juízes moçambicanos para jogos internacionais tanto ao nível de selecções como de clubes. 

 

“Na verdade, fiquei surpreso por termos alguns bons árbitros, mas provavelmente o que está faltando é por isso que trouxemos os avaliadores. O que falta, como eu disse, é que não dá para formar árbitros sozinho, é preciso formar também instrutores. Então você vê que tem muito talento, mas às vezes os instrutores para continuar ajudando eles não estão lá. Mas na verdade identificamos alguns instrutores que integramos ao sistema. Seus árbitros estão bem, aqueles que estão na FIFA. Por exemplo, eles estiveram no Congo, creio eu, na semana passada. E amanhã eles partem para a Cidade do Cabo para o jogo da Liga dos Campeões. Então, quando você vê árbitros saindo assim, é sinal de que seus árbitros estão bem. Se eles não estão saindo, significa que não estão bem”, disse Tongarai.

 

A capacitação contou com a participação de nomes sonantes da arbitragem moçambicana, tais os casos dos árbitros Celso Alvação, Ema Novo e Arsénio Marrengula que descreveram esta actualização importante para que possam continuar a merecer nomeações da CAF e FIFA. 

 

“A importância da participação deste curso, em primeiro lugar, é para aprimorar mais os conhecimentos e, a cada ano, a mudança das leis de jogo. Então está aqui o coach, o instrutor internacional para vir nos ensinar mais conhecimentos para que haja mais desenvolvimento no nosso futebol”, referiu Ema Novo.

 

“Primeiro dizer que este curso é muito importante, tendo em conta que o futebol, a cada dia, não está estático, vai movendo-se, há mudanças que vão acontecendo. E foram enviados os pensadores do futebol, vieram transmitir o novo espírito daquilo que é o desenvolvimento do futebol atual”, anotou Arsénio Marrengula.

 

Pela primeira vez esta capacitação que acontece regularmente no nosso país foi extensível a 33 Assessores de Arbitragem e António da Costa que considerou que esta classe poderá também acompanhar o nível de desenvolvimento da arbitragem e poderem também beneficiar de nomeações por parte da CAF e da FIFA. 

 

“A importância deste curso leva para um panorama muito grande, porque isto faz com que os assessores, assim como os árbitros, estejam no mesmo nível, face às várias mudanças que existem. E isso faz crescer o nosso árbitro a nível do país, para representar dignamente conhecimentos básicos fora do país, assim como acompanhar a camada juvenil. Porque também, nós só temos o Arsénio Marrengula a nível internacional, que, digo, temos tantos árbitros, mas o Arsênio está a andar por todo o mundo. E nós queremos que haja também assessores a nível para acompanhar o nosso futebol e acompanhar as novas leis e as mudanças”, disse António da Costa.

 

Apesar de ao longo da capacitação os alguns dos árbitros que não estão envolvidos no Moçambola terem demonstrado bom desempenho, Francisco Machel colocou de parte a possibilidade de os mesmos serem reintegrados nas equipas que dirigem os jogos do Campeonato Nacional de Futebol. 

 

“Estamos na ponta final, já não queremos experimentar a ninguém neste momento. Vamos continuar com aqueles que nós já temos, tendo em conta o que está sendo feito agora. Nós não vamos experimentar mais árbitros e continuaremos com os que já estão em serviço”, disse Machel. 

 

Refira-se que os árbitros Celso Alvação (como principal), Arsénio Marengule (1° Assistente), Zacarias Balói (2° Assistente) e Wilson Muianga (4° arbitro) foram nomeados pela Confederação Africana de Futebol para dirigir o jogo Stellenbosch FC (da África do Sul) e AS Vita Club (da República Democrática do Congo) que terá lugar esta sexta-feira, 13 de Setembro, em Cape Town, integrado na última eliminatória de acesso a Taça CAF Nelson Mandela.   

  

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