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Ferroviário de Maputo recorre ao Facebook para reclamar pagamento de 550 mil Meticais referente ao prémio da Taça de Moçambique

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“Os 550 mil meticais da Taça de Moçambique ainda não reflectiram no cofre do clube” é assim que o Clube Ferroviário de Maputo inicia o seu texto publicado na sua página do Facebook, nesta terça-feira, 27 de Dezembro, em reclama o pagamento do prémio referente à conquista da Taça de Moçambique em futebol, que esta época foi disputada sem o envolvimento do habitual patrocinador da prova que movimenta o maior número de clubes oficialmente inscritos na modalidade.

 

Por Redacção LanceMZ

 

No seu texto, o Ferroviário de Maputo escreve que “a Federação Moçambicana de Futebol, FMF, tal como vinha acontecendo nas anteriores edições, não procedeu ao pagamento do prémio monetário ao Ferroviário de Maputo, vencedor da Taça de Moçambique na sua edição 2022”, para depois acrescentar que “o valor em causa é de 550 mil meticais, sendo que no Clube Ferroviário de Maputo não chegou sequer qualquer informação oficial sobre à indisponibilidade financeira por parte da Federação Moçambicana de Futebol para o pagamento do vencedor e finalista vencido da segunda maior prova do calendário futebolístico moçambicano”.

 

O clube vencedor da Taça de Moçambique refere que a sua reclamação se deriva do facto de “a FMF não acautelou, antes mesmo do arranque da prova, ao Ferroviário de Maputo sobre a falta de dinheiro para o pagamento do prémio, situação que está a embaraçar a Direcção que tem naturalmente compromissos com os seus activos”.

 

Os “locomotivas” da capital do país referem na sua publicação que “não foi por canais oficiais que o Ferroviário de Maputo soube da alegada falta de patrocínio para premiar os finalistas da Taça de Moçambique assim como os conjuntos que atingiram os quartos-de-final”, acrescentando que “foi, aliás, por via das redes sociais que o CFvM tomou conhecimento do não pagamento de valores monetários às formações que avançaram aos “oitavos””.

 

PUBLICAÇÃO DO BCI NAS REDES SOCIAIS "AGITA AS ÁGUAS"

 

Entretanto, o vice-presidente da Federação Moçambicana de Futebol para Área de Estudos, Projectos, Marketing e Relações Públicas, Gervásio de Jesus, reagiu recentemente a esta polémica, tendo na ocasião referido ao Jornal Desafio que a “FMF partiu para esta prova sem o patrocinador tradicional e oficial, Tmcel, que neste momento atravessa “uma situação financeira delicada e o patrocinador não queria acumular a dívida para com a federação”.

 

“Fomos ao mercado e, infelizmente, as empresas apresentaram dificuldades. Demos a conhecer, desde a realização do sorteio dos oitavos-de-final, que não temos dinheiro para a premiação”, refere o Gervásio de Jesus citado pelo Facebook do Ferroviário de Maputo.

 

 

A reclamação do Ferroviário de Maputo surge após uma publicação feita pelo BCI na sua página oficial do Facebook, a 12 de Dezembro, onde o banco comercial dá conta que “esta prova, que conta com o patrocínio do #BCI, na qualidade do Banco Oficial dos Mambas e do futebol moçambicano, é a segunda maior do País integrando clubes filiados a todas as Associações Provinciais de Futebol do país, marca o encerramento da época futebolística, apurando, consequentemente, o representante do nosso País para a Taça da Confederação Africana (Taça Nelson Mandela), da temporada subsequente”.

 

Quando confrontado com este facto, o Vice-Presidente da FMF, refere que “o BCI é um parceiro da FMF e, como tínhamos custos com a realização da prova, solicitamos apoio. Não pedimos patrocínio. Foi disponibilizado um valor de cerca de 150 mil meticais para despesas relacionadas com a final”, cita o Ferroviário de Maputo. (LANCEMZ)

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