O Ferroviário da Beira tem, esta quarta-feira, 03 de Maio, o jogo que decide a qualificação ao play-off d "/> O Ferroviário da Beira tem, esta quarta-feira, 03 de Maio, o jogo que decide a qualificação ao play-off d "/>
desporto mocambicano

Ferroviário da Beira a uma vitória do play-off da BAL

  • 767

O Ferroviário da Beira tem, esta quarta-feira, 03 de Maio, o jogo que decide a qualificação ao play-off da Basketball África League, edição 2023. Isso equivale dizer que a vitória nesta partida carimba, automaticamente, o passaporte do representante moçambicano à fase final, a realizar-se de 20 a 27 deste mês, em Kigali, Ruanda. Os “locomotivas” do Chive descerão à quadra, para este despique da mais importante decisão da prova, com a vantagem de estarem, actualmente, na terceira posição da classificação geral, na Conferência Nilo, onde cada equipa já disputou três duelos.

 

POR REDACÇÃO LANCEMZ

 

O campeão nacional reavivou a esperança no último Domingo, 30 de Abril, ao suplantar o Seydou Legacy Athlétique Club (SLAC), da Guiné-Conacri, por 109–97. Uma conquista importante que agora deve ser valorizada diante do Cape Town Tigers, da África do Sul, com a extensão da série de bons resultados.

 

Ainda assim, importa referir que o Ferroviário da Beira iniciará a disputa desses 40 minutos que se anteveem frenéticos já avisado das pretensões do seu adversário que passam, também, por conseguir a qualificação, quando o trio de arbitragem der por terminado o encontro.

 

Neste preciso momento, o representante sul-africano está em quarto lugar, por sinal o último que dá acesso ao play-off. O jogo, em si, já foi referido, pelos comentadores oficiais da BAL, de primeira final da Conferência Nilo. É que, de facto, a vitória garante a ida ao palco indicado para a final desta liga.

 

Em termos de probabilidade, as duas equipas estão em circunstâncias idênticas. Ganharam um jogo e perderam dois. O que torna curioso este percurso é o facto dos resultados obtidos estarem associados aos mesmos adversários, senão vejamos: I) no primeiro dia da competição, o Ferroviário da Beira ficou-se pelos 74-92 diante do Al Ahly, do Egipto. II) Ao segundo dia, o Cape Town Tigers venceu o SLAC por 68-76. III) No terceiro, os “locomotivas” viram o Petro de Luanda a agigantar-se com 76-101 final. IV) A formação angolana voltaria à quadra do Pavilhão Desportivo Dr. Hassan Moustafa, ao quarto dia da competição, para se superiorizar ao campeão sul-africano por 48-87. V) Por seu turno, o campeão nacional voltaria a entrar em cena ao quinto dia da prova, numa actuação de gala, que deixou África e o mundo encantados com o impressionante 109-97, aplicado ao SLAC. VI) Já ontem, sexto dia de jogos, o Cape Town Tigers desejou-se ante o Al Ahly por 91-75.

 

Os resultados indicam que o adversário dos “locomotivas” nunca passou da fasquia de 70 pontos anotados nesta edição da BAL. Contudo, aposta em condicionar os seus oponentes, através de um sistema defensivo ríspido, que privilegia marcações cerradas aos jogadores preponderantes e por vezes com posicionamento de pressão alta na defesa à zona. Com essa actuação, obriga os adversários a situações de perda de bola, bem como a criação de ataques improvisados que poucas vezes resultam em pontos. O Tigers apoia-se neste condicionamento aos oponentes para sair em contra-ataques rápidos, valendo-se das suas unidades mais produtivas, nomeadamente Evans Ganapamo, Michael Gbinije e Joshua Hall que concretizam os ataques. Por vezes aparecem Samakelo Cele e Pieter Prinsloo, em auxílio.

 

É destes artifícios e matreirice do Cape Town Tigers que a equipa técnica do Ferroviário da Beira deve estar muito bem documentada, com os respectivos antídotos, aliás, talento e capacidade é o que não falta ao campeão nacional.

 

Antes de tudo, o que se pede aos “locomotivas” do Chiveve é repetir, somente, a alegria de jogar, ter a bola, dar intensidade aos ataques, concretizar os lances e mobilizar outros “William Perry”. Ele indicou, nesta competição, o que a equipa precisa fazer: ser mais ofensiva, bem objectiva no ataque e lançar a bola para o cesto, com critério, claro! O cinco, em campo, deverá manter a frieza e não hesitar quando tiver a bola.

 

O campeão moçambicano provou e muito bem que é tão competente quando aposta no jogo ofensivo. Faz tão bem isso, motivo pelo qual é a única equipa da Basketball Africa League com o maior número de pontos marcados num só jogo, 109, que coloriram uma cifra bem memorável no Egipto.

 

Espera-se que a equipa técnica defina uma estratégia para capitalizar o bom momento do seu base armador e tenha em conta à suprema atenção e marcação que este jogador vai ter no decorrer do jogo. Felizmente, ele esta habituado a despiques deste nível, com a experiência que traz dos campeonatos competitivos como os da Espanha, Bulgária, Portugal e Israel, para além do berço da sua formação, Estados Unidos da América. A nível colectivo, os “locomotivas” têm um plantel com características distintas e necessárias para se superiorizar ao seu adversário.

 

Para a pontuação à base dos triplos, existe esse incontornável William Perry. O mesmo comanda também nas assistências. No entanto, terá de evitar situações de perda de bola. O poder nas jogadas de penetração está à responsabilidade de dois talentosos extremos-base, nomeadamente, Najeal Young e Ismael Nurmamade. Estes fazem a diferença quando têm a bola e abordam a tabela com precisão para o cesto. O que precisam é inspirar-se no colega deles para que conseguirem 100% de aproveitamento na linha de lance livre. Devem também variar as penetrações com lançamentos certeiros para três pontos. Quem é bom nisso, mas que ainda não apareceu o suficiente é Makhtar Gueye. Por enquanto, tem estado bem no auxílio ao poste de referência, Bourama Sidibe, na luta pelos ressaltos, afundanços e tampões às tentativas dos adversários junto à tabela. Os dois são os mais altos da colectividade (2.08 metros), impõem respeito e têm autoridade na área restritiva. Terão de melhorar o timing de abordar os lances para ganhar a bola sem cometer faltas. Só assim evitarão ser desqualificados do jogo. A tudo isso, espera-se que possam acrescentar pontos às suas actuações.

 

Devido ao elevado risco deste jogo, antevê-se que o coach Hernandez rode pouco a equipa, devendo colocar em campo Célio Chirombe, uma aposta ganha nesta BAL; o Ayade Munguambe, que tarda em se afirmar; o jovem Paul Mbiya, que ajuda a equipa com movimentos básicos. Poderão ser solicitados ainda Elves Houana, Hilário Malale e Luís de Barros, essencialmente, para permitir o descanso aos jogadores do cinco inicial. (LANCEMZ)

Notícias Relacionadas
Ads - Anuncio 3
Todos os direitos reservados a Lance. Registrado no GABINFO: REGISTO: 57/GABINFO-DEPC/210/2022 .