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Feizal Sidat diz que nova Comissão de Inquérito é para responder aos Estatutos da FMF

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O Presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Feizal Sidat, justificou a criação de uma nova Comissão de Inquérito para analisar o imbróglio entre a FMF e os Mambas que estiveram no CHAN-2022 como forma de responder o que está previsto nos Estatutos da FMF. Sidat diz que a mesma visa apurar responsabilidades caso haja e o Presidente do órgão reitor do futebol nacional frisou que o assunto do pagamento da premiação já está encerrado.

 

Por Alfredo Júnior e Luís Muianga (Fotos)

 

Falando em Conferência de Imprensa de Balanço Trimestral das actividades da FMF, Sidat referiu que os Estatutos do órgão reitor do futebol nacional define vários órgãos e o caso não poderia passar sem que fosse analisado dentro dos órgãos internos da federação.

 

“Os Estatutos da FMF estão bem claros, temos a Assembleia Geral, a Direcção Executiva, o Conselho de Disciplina (CD) e o Conselho (CJ) Jurisdicional, entre outros órgãos. Este caso não podia passar em branco sendo que ocorreu dentro da instituição Federativa, daí que é necessário que o CD e o CJ estivessem a par deste caso”, disse o Presidente da FMF.

 

Comissão de Inquérito da FMF surgiu cerca de um mês depois de um trabalho exaustivo feito pela Comissão de Inquérito Independente (CII) mandatada pela Secretaria de Estado do Desporto que concluiu que a FMF “não foi transparente, omitiu a divulgação da tabela de premiação do CHAN-2022 e os jogadores dos Mambas tiveram uma conduta reprovável para atletas que representam a selecção nacional”. Sidat diz que a sua direcção não ignorou as recomendações da comissão que foi liderada por Pedro Sinai Nhatitima, Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo.

 

“Nós criamos uma Comissão de Inquérito muito antes da Secretaria de Estado do Desporto e o que fizemos foi aguardar pelas recomendações desta Comissão Independente visto que ela foi mais no sentido de emitir recomendações visto que não tinha nenhuma autonomia de penalização dos prevaricadores e quem tem esta prerrogativa é a FMF, pelo que é importante termos nos nossos arquivos o trabalho da nossa comissão e naturalmente o documento produzido pela CII da SED é importante para futuramente precavermos destes mal entendidos”, explicou o Presidente da FMF.

 

A Comissão de Inquérito da FMF é composta por por Amílcar Andela, Isac Pedro, Zefanias Jonas e Magalhães Bramugi terá que apresentar o resultado do seu trabalho até ao dia 30 de Abril de 2023, por forma a que sejam tomadas outro tipo de decisões em relação aos implicados neste “braço-de-ferro” entre os Mambas e a FMF que está longe de terminar, sendo que Sidat diz que os passos seguintes serão definidos pela Conselho de Disciplina.

 

“Cabe ao Conselho de Disciplina decidir se há matéria para punir ou despenalizar os implicados neste caso, pelo que é importante este trabalho da Comissão de Inquérito que está a desempenhar o seu papel com muita tranquilidade e vamos aguardar pelos resultados”, disse Sidat.

 

Recordar que esta Comissão de Inquérito da FMF está a analisar os incidentes ocorridos em Argel, capital da Argélia, aquando da participação da Selecção Nacional de Futebol no CHAN-2022, Campeonato Africano das Nações destinado aos jogadores que actuam localmente em que os Mambas protagonizaram um braço-de-ferro com a Direcção da FMF, exigindo 60% dos 400 mil dólares americanos ganhos pelos Mambas por ter atingido os quartos-de-final desta competição. (LANCEMZ)

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