Quando faltam pouco mais de um mês para o fim do contrato, a permanência do selecionador Chiquinho Conde no comando do combinado nacional de futebol ainda é uma incerteza. As recentes declarações do presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) indicam que a falta de boas relações entre o timoneiro e o corpo directivo da FMF pode estar por detrás da “provável” separação com o Seleccionador nacional.
Por Redacção LanceMZ
Numa conferência de imprensa bastante concorrida pela comunicação social e aguardada com muita expectativa pelos amantes do futebol nacional, Feizal Sidat dedicou largos minutos a falar da situação contratual de Chiquinho Conde, cuja ligação com a FMF termina a 31 de Julho.
“Não digo se iremos renovar ou não, ouvimos que ele pode assinar com outro clube. O contrato está ainda válido. Temos 40 dias de negociação, ele foi valorizado na selecção nacional de futebol. Pode ser que ele consiga um novo contrato, ouvimos que ele tem propostas melhores que lhe paguem mais de 120 salários mínimos. Da mesma forma que ele está a pensar em outras propostas, nós também estamos a preparar o plano A, B ou C. Mas é preciso haver respeito, não haver ingratidão com o seu patronato. É preciso respeito, para ser respeitado”, destacou o dirigente da FMF.
Sidat, garantiu ainda que o órgão máximo de futebol nacional irá pronunciar-se sobre a renovação ou não do contrato na data e na hora certa.
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“Dizer que, o mister Chiquinho ainda é nosso funcionário e no devido tempo iremos nos pronunciar, ele está em Portugal e depois ele poderá vir sentar no fórum próprio para que possamos definir o futuro do futebol deste país”, disse o Presidente Sidat.
“NÃO FAZ SENTIDO DIZER QUE SABOTA A SELECÇÃO” - SIDAT
Durante o seu pronunciamento, Sidat, também afastou a possibilidade de estar a sabotar a selecção, sublinhando que ele, a par do Paíto Mucuane, trouxeram o Mister Chiquinho Conde para os Mambas, depois de analisadas várias propostas e muitos contactos com outros treinadores como Augusto Inácio e Carlos Queirós, e o treinador moçambicano foi o contratado com objectivos de vir ganhar, destacando ainda que hoje, Chiquinho e Paíto não possuem boas relações.
“Nós traçamos os nossos objectivos que é trazer vitórias, quando assinamos com o Seleccionador Nacional recebemos várias propostas e contactamos vários treinadores incluindo o Augusto Inácio e o Carlos Queiroz. Soubemos do interesse de Chiquinho Conde em treinar a selecção nacional. Reunimos com o vice-presidente da FMF para as selecções nacionais, Martinho “Paito” Mucuane que hoje é proibido de entrar para o autocarro da selecção, tendo uma má relação com o treinador da selecção. Pagamos indenizações avultadas e trouxemos o nosso concidadão para treinar a nossa selecção nacional. Contratamos ele para ganhar, pagamos o equivalente a 120 salários mínimos para ganhar e diz-se que o presidente está a sabotar, o que não faz sentido”, afirmou Feizal Sidat.
As declarações foram dadas durante a conferência de imprensa de balanço das actividades do primeiro semestre do ano em caso, na qual o presidente da FMF enalteceu os feitos da selecção, desde a histórica participação no CAN da Costa do Marfim, até às enchentes no Estádio Nacional do Zimpeto no último jogo de qualificação ao Mundial frente a Somália.
“Quero enaltecer todos os moçambicanos que tem acompanhado de perto o desenvolvimento da selecção nacional e da FMF, aos militares que tem dado a sua vida em Cabo Delgado para garantir segurança para que possamos jogar futebol, enaltecer os 40 mil moçambicanos que estiveram no ENZ e os 30 milhões de moçambicanos que puxaram pelos Mambas. Todos nós fazemos parte desta vitória inclusive os jornalistas que acompanham o bom desempenhando selecção”, enalteceu.
NATURALIZAÇÕES TEM APENAS O SCOUTING DIRECÇÃO
Um dos trabalhos que vem sendo levado a cabo pela FMF para melhorar a qualidade da selecção de nós, é a aposta na naturalização de jogadores, e Sidat avançou que o trabalho é para continuar, e já começou trabalhar na naturalização de Diogo Calila, jogador do Santa Clara de Portugal, confirmando ainda a conclusão do processo de Bruno Wilson.
“Hoje, a naturalização de jogadores tem sido uma mais valia para selecção nacional, o Bruno Wilson, o Kadre, Ejaita, Stephen, o Hammed já são moçambicanos, e segue o Diogo Calila, do Santa Clara, e também, já identificamos outros 4 filhos de moçambicanos que jogam na Alemanha e já estão a caminho da naturalização”, disse Feizal Sidat.
De recordar que os jogadores da Associação Black Bulls, Kadre, Ejaita, Hammed e Stephen, concluíram o processo de naturalização recentemente, e já estão aptos para vestir as cores da bandeira nacional. (LANCEMZ)
