O presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Feizal Sidat, voltou, na terça-feira, 22 de Abril do corrente ano, a tecer duras críticas à Liga Moçambicana de Futebol (LMF) e aos clubes do principal Campeonato Nacional de Futebol, durante a Assembleia Geral e o sorteio do Moçambola 2025 — prova que arranca a 17 de Maio.
Por Redacção LanceMZ
Ao tomar a palavra, Sidat abordou a questão do licenciamento dos clubes e sublinhou a necessidade de maior rigor no cumprimento deste processo, por forma a evitar falhas que travam o desenvolvimento do futebol nacional.
“Há clubes que continuam a apresentar sérias lacunas no processo de licenciamento, comprometendo o crescimento do nosso futebol. O mais preocupante é a existência de práticas condenáveis, como a falsificação de documentos e o uso de esquemas administrativos para encobrir a falta de condições reais — situações que minam a credibilidade das competições e violam princípios básicos de integridade e justiça desportiva. Tolerar essas falhas é alimentar a mediocridade e deitar por terra os esforços colectivos de elevar o futebol moçambicano a patamares mais competitivos e profissionais.”
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Ainda no seu discurso, o líder da FMF apelou aos clubes para tratarem do licenciamento com antecedência e criticou a constante morosidade no arranque do Moçambola.
“Apelamos aos clubes para que tratem do licenciamento a tempo e horas, evitando os problemas crónicos que temos assistido todos os anos — desde a morosidade, incertezas, até às especulações que geram instabilidade entre os diversos intervenientes. Outro aspecto que merece destaque é a demora no arranque do Moçambola, o que tem consequências sérias: desalinha o nosso calendário com as competições da CAF, prejudica a preparação dos clubes para os palcos continentais, enfraquece o ritmo competitivo dos atletas e, acima de tudo, compromete o desempenho das nossas selecções, que ficam sem uma base sólida de jogadores em actividade regular. Sem uma liga forte, bem estruturada, financeiramente estável e tecnicamente exigente, não conseguiremos fazer crescer o nosso futebol — nem a nível interno, nem fora de portas.”
TOLERÂNCIA ZERO PARA A MEDIOCRIDADE
Para encerrar, Sidat exortou a LMF, os clubes e restantes parceiros a unirem esforços em prol da excelência e do compromisso com a causa futebolística, reforçando a disponibilidade da FMF como parceiro activo.
“Contem com a Federação Moçambicana de Futebol como um parceiro comprometido com a excelência, mas saibam também que seremos exigentes. O tempo da tolerância com a mediocridade já passou. Ou avançamos juntos, ou ficamos para trás num mundo do futebol cada vez mais competitivo”, rematou.
Importa referir que esta não é a primeira vez que Feizal Sidat se mostra crítico à gestão da LMF, tendo em várias ocasiões exigido melhorias na condução dos assuntos ligados ao futebol nacional. (LANCEMZ)