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Dores de cabeça de Carlos Aik para eleição das 12 para AfroBasket 2023

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Dois jogos e duas vitórias é o saldo positivo de Moçambique no estágio que observa em Kigali, capital do Ruanda, antes da sua estreia na 25ª edição do AfroBasket 2023, frente aos Camarões, no próximo dia 28 de Julho. Após vencer o Ruanda por 85-66 e o Senegal por 70-66, o Seleccionador Nacional Carlos Aik, faz uma avaliação positiva do desempenho das 14 atletas que se encontra na capital ruandesa, facto que dá ao timoneiro do “cinco” moçambicano, algumas dores de cabeça para eleger as 12 que vão tomar parte neste Campeonato Africano. Esta terça-feira, 25 de Julho, Moçambique volta a jogar com o Ruanda, mais uma oportunidade para realizar um teste ao desempenho das atletas que se encontram em Kigali.  

 

Por Alfredo Júnior, em Kigali

 

Depois de ter considerado que na vitória frente às ruandesas as jogadoras moçambicanas cometeram mais erros individuais do que colectivos, Aik gostou da reacção das suas pupilas frente ao Senegal, numa partida que exigiu mais, tendo em conta que foi frente a um dos principais candidatos ao título.

 

“Nesta partida foi possível chegar à conclusões diferentes em relação às que tínhamos tirado frente ao Ruanda, o nível de dificuldade era maior, a média de altura do Senegal é superior à nossa o que criou um determinado tipo de dificuldades, pelo que é preciso ajustarmos algumas coisas porque quando voltarmos a jogar com adversários que tenham média de altura superior a nossa julgo que vamos ter as mesmas dificuldades”, disse Carlos Aik.

 

 VEJA O RESUMO DO JOGO COM O RUANDA

Aik anotou alguns dos factores que afectam o desempenho da equipa de todos nós, particularmente no que diz respeito aos ressaltos e aos lançamentos livres. No jogo com o Senegal, Moçambique conquistou 39 ressaltos (11 ofensivos e 28 defensivos), contra 43 do seu oponente (15 ofensivos e 28 defensivos), enquanto que da linha dos lances livres esteve na casa dos 58.3 por cento (21 marcados em 36 tentativas), enquanto que o Senegal esteve com 63.6 por cento (21 marcados em 33 tentativas).

 

“Há também questões a serem resolvidas que é a questão dos bloqueios antes dos ressaltos e é a questão dos lançamentos, acho que a equipa não esteve bem nesses dois aspectos, as jogadoras de fora deixaram essa responsabilidade para as jogadoras mais altas que estavam de baixo do cesto e isto numa equipe não pode acontecer porque nas adversárias há sempre jogadoras que se metem no ressalto, sobretudo quando sabem que a altura é superior a nossa, pelo que há ilações que vamos tirar e questões que vamos ter resolver e ajustar”, comentou o seleccionador.

 

Depois destes dois ensaios, o combinado nacional continuará a sua preparação rumo ao AfroBasket 2023 e Carlos Aik tem a difícil missão de escolher as 12 jogadoras dentre as 14 que estão neste estágio e com bom desempenho.

 

VEJA O RESUMO DO JOGO COM O SENEGAL

“De qualquer das formas foi um bom teste, pela vitória que é sempre estimulante, embora neste momento não seja o mais importante. O outro objectivo era também conseguirmos por todas atletas em actividade no jogo que é para em definitivo escolhermos as 12 com pouca margem de erro, acho que de uma ou de outra forma foi possível verificar a exibição de cada uma delas e agora vamos ter que tomar a decisão em função do que vimos, não tem haver com a qualidade delas, mas sim com o momento que é daquilo que elas nos podem dar quando a competição começar”, afirmou o categorizado técnico.

 

“Estamos prontas para o arranque do AfroBasket” – Tanucha Dongue, Jogadora de Moçambique

 

“Estamos de parabéns pelas vitórias nos dois jogos de controlo que fizemos, mas todos nós sabemos que o objectivo principal não eram os resultados, no entanto os mesmos vem galvanizar o objectivo do grupo para a competição que se avizinha. Nestes dois jogos deu para rodar a equipa e com o jogo fizemos o maior teste, pelo que penso que estamos prontas para iniciarmos a competição, já não teremos mais jogos de controlo e agora é só continuar a acertar alguns pormenores, mas estamos prontas para começar a competição. Estamos nos últimos dias de preparação, tudo que tínhamos que trabalhar já está feito, agora o que temos a fazer é aprimorar os lançamentos e alguns aspectos técnicos, de acordo com as orientações dos treinadores, mas estamos prontas para o arranque da competição”.

 

“Estamos unidas no mesmo objectivo” – Sílvia Veloso, jogadora de Moçambique

 

“Para os primeiros jogos que fizemos acredito que estamos bem, conseguimos ganhar, conseguimos retificar alguns erros constatados nos treinos, acho que vamos conseguir ter um bom desempenho no AfroBasket, a equipa está unida, estamos todas juntas. Temos que acertar ainda mais nos lançamentos exteriores, sabemos que esta competição não será fácil, mas estamos focadas com um objectivo que é chegar ao pódio, o moral no seio da equipa está a 100%, somos uma equipa que está junta, que ri e chora junta, então estamos muito bem para esta prova”.

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