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Conde projecta jogo com Mali e reitera que se não der para ganhar também não deve dar para perder

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 A selecção nacional de futebol, Mambas, realizou o primeiro de dois treinos previstos em Bamako antes do jogo da próxima sexta-feira, 6 de Setembro, frente ao Mali, a contar para a primeira jornada da fase de qualificação ao CAN-2025, a realizar-se no Marrocos. O Seleccionador nacional, Chiquinho Conde, falou da preparação para este embate, abordando alguns constrangimentos enfrentados pela equipa moçambicana, que promete transformar as adversidades em força motivacional para chegar a um bom resultado neste arranque da etapa de apuramento.

 

Por Redacção LanceMZ 

 

Conde destacou que este treino marcou o reencontro entre os membros da sua equipa, após longos meses de paragem, sendo que o treino serviu para recuperar do desgaste físico devido à longa viagem até à cidade de Bamako.

 

“É fantástico voltar a reencontrar esses belíssimos jogadores, profissionais de mão cheia. Sabemos muito bem que os jogos em África e as ligações que nós temos pelo meio são sempre muito difíceis e muitos deles como profissionais jogando em clubes de alto rendimento e também acautelam a essa situação. Há um desgaste físico muito grande e as condições que nós encontramos no terreno não são as melhores, mas nós estamos habituados a isso e temos que ser resilientes. Resilientes, o que eu continuo a dizer é que somos nós adaptarmos ao mundo e não o mundo adaptar-se a nós. Perante todas as adversidades, nós temos que superá-las”, comentou o treinador.

 

AUSÊNCIAS DE WITI, CLÉSIO E ALFONSO

 

O primeiro treino não foi como a equipa técnica perspectivava, face a algumas adversidades provocadas pela longa viagem para além de ter lamentado a ausência de jogadores como Witi, Clésio Bauque e Alfonso Amade que já são ‘habitueis’ do espaço da selecção nacional.

 

“Tivemos alguns constrangimentos, uns não têm as suas bagagens, não têm o seu material desportivo, depois as condições que nos deram para treinar no campo sintético que é completamente diferente daquilo que nós pretendíamos para podermos treinar, mas a aplicação dos jogadores foi fantástica. É pena não estarmos aqui todos. O Witi infelizmente não veio, por questões também administrativas. Aguardamos pelo Shaquille a qualquer altura e depois a contrariedade também, quer do Clésio e quer do Afonso. São dois belíssimos jogadores que fazem parte deste grupo e que nos ajudam sempre. É pena não terem o tempo de competição. Ainda quis trazer o Afonso, mas ele mesmo me disse que não estava ainda em condições de poder ajudar. Eu gosto desta frontalidade, desta sinceridade dos jogadores. E isso faz um grupo”, referiu o Seleccionador Nacional, acrescentando que “acho que ele sente que devia ser mais um para acrescentar valor e sente que não está em condições para poder fazê-lo. Com pena mesmo, digo, porque já tínhamos um grupo feito e vão entrar outros jogadores como entrou o Elias Macamo agora”.

 

A propósito da chamada de Elias Macamo, o líder dos melhores marcadores do Moçambola 2024, Conde considerou que “está-se a integrar muito bem. Aliás, é a apanágio deste grupo receber bem todos os novos jogadores que entram e sentirem-se confortáveis nesse espaço. O bom disso tudo também é que nós já temos um modelo, uma ideia de jogo formatados. E quem quer que chegue, nós podemos fazer alguns exercícios padronizados para que eles façam o seu refreshment e ajustarmos um pouco aquilo que é a ideia do nosso jogo, em função também de tudo que nós vamos encontrar pela frente”. 

 

ADVERSÁRIOS DIFÍCEIS 

 

Conde avaliou os adversários de Moçambique neste arranque da fase de qualificação, a começar pelo Mali com quem os Mambas vão jogar na primeira jornada e para a Guiné Bissau que o combinado nacional recebe no Zimpeto, na próxima terça-feira, 10 de Setembro.

 

“O Mali é um adversário de muita valia. Temos dois jogos num curto espaço de quatro dias, um início difícil. Vamos defrontar o Mali, sério candidato ao título, bem como a Guiné. Mas pelo percurso que nós temos feito, com a estrutura e com a coesão do grupo, acho que podemos encarar isso com otimismo, mas como disse sempre, respeitando os nossos adversários, com humildade. Respeitando os nossos adversários e trabalharmos fundamentalmente, acreditamos fundamentalmente naquilo que é a nossa ideia, acho que nós estaremos mais perto de conseguir um bom resultado”, comentou Conde.

Chiquinho Conde disse que os Mambas vão jogar no Estádio 26 de Março à procura de “vamos procurar por um bom resultado". Vamos continuar sempre a ser esse o nosso lema. Se não der para ganhar, nunca poderá dar para perder. Porque de facto isto é uma prova de resistência, não acaba a eliminatória aqui. É sempre bom nós começarmos a campanha com um bom resultado. Se existe esta confiança, essa reciprocidade, foi graças aos meus jogadores. Todos aqueles que participaram em todas as campanhas, porque foram eles que lutaram arduamente e conseguiram colocar Moçambique neste patamar”.

 

Conde enalteceu o trabalho em equipa para que os Mambas possam chegar a bons resultados nesta campanha, tal como em momentos anteriores sob sua batuta.

 

“Eu sou a figura visível, digamos assim. Mas no fundo, sem o trabalho deles, sem a atitude e a entrega que eles tiveram ao longo desse percurso, não teríamos o Chiquinho Conda aqui de novo. E estou grato a eles. Um pouco de todos, mesmo aqueles que participam e estão na minha equipa técnica, aqueles que já passaram, que já saíram, que já estiveram neste grupo, contribuíram para alguma situação, para nós estarmos neste processo confortáveis. E com esse otimismo, há uma reciprocidade muito grande. Isto é muito bom”, comentou o Seleccionador Nacional para depois finalizar o seu discurso afirmando que  “nós chamamos também o público moçambicano. E acho que nós todos merecemos, estamos todos de parabéns. Por isso, bem hajam todos aqueles que nos fazem força positiva e vamos lutar arduamente para podermos levar este barco a bom ponto”. (LANCEMZ)

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