O capitão da selecção nacional de futebol, Elias Gaspar Pelembe, e o vice-capitão, Mexer Sitóe, são duas ausências notáveis nos Mambas que estão a caminho do Cairo, no Egipto, onde a 20 de Março a equipa de todos nós mede forças com o Uganda para a quinta jornada do Grupo G de qualificação ao Campeonato do Mundo de 2026 e para dias depois rumar a Argélia para a partida da sexta jornada da etapa de apuramento para a prova a ter lugar nos Estados Unidos, México e Canadá.
Por Alfredo Júnior, a Caminho do Cairo
Instado a comentar a ausência de Dominguez, Chiquinho Conde explicou que a mesma está relacionada com a entrega tardia do passaporte, o que não permitiu a obtenção de visto de entrada no Cairo, o que levou à exclusão do experiente jogador do grupo que seguiu viagem.
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“Dominguez é carta fora do baralho, porque existem normas na federação e há coisas que não se ultrapassam. Toda a gente sabe que eu tenho um carinho muito especial com o Domínguez, não é mentira para ninguém, protejo os meus jogadores até onde posso os proteger, mas há coisas em que nós também temos de ter consciência. Quando nós somos capitães de equipa temos responsabilidades acrescidas e temos que ter essa humildade de perceber que quando é solicitado qualquer documentação para que seja posto o visto, nós temos de ser os primeiros a dar exemplo. Era assim no passado, foi assim que eu fiz também como capitão. Infelizmente, ele só disponibilizou o passaporte no sábado, e aí já era impossível conseguir o visto para o Cairo, no Egipto. Mas podem dizer que podiam colocar o visto na segunda-feira. Não, acho que não. Para grandes males, grandes remédios”, explicou Chiquinho Conde.
Conde disse estar triste com a situação que levou à exclusão de Dominguez do grupo de atletas para os dois importantes jogos.
“Estou triste com essa situação, porque é o nosso capitão, e como tal, pelo exemplo que sempre defendi desde o primeiro dia, lamento de facto que tenha sido neste pressuposto que ele tenha ficado fora. Sempre disse que não seria eu que iria antecipar o seu desaparecimento da seleção nacional. As pessoas têm que saber das suas próprias responsabilidades, e esta é uma seleção nacional, uma seleção de todos. Se todos os jogadores fazem com antecedência a entrega de documentos todos devem fazê-lo incluindo o capitão, fiquei perplexo por que ele não o fez e cabe a ele explicar os motivos”, lamentou Conde.
CLUBE DE MEXER PEDIU DISPENSA POR LESÃO
Se a ausência de Dominguez está relacionada com a entrega tardia do documento de viagem, em relação a Mexer Sitóe o Seleccionador Nacional deu a conhecer que foi a pedido do seu clube que alegou que o defesa central moçambicano estava lesionado.
“O Mexer desde a primeira hora falou comigo, o clube dele falou com a equipa técnica, com relação a lesão no tendão de Aquiles. Eu expliquei a ele que existem normas na federação, que normalmente quando há uma questão de lesão o clube tem que mandar sempre uma carta clínica. O clube fez, houve um lapso da parte do nosso departamento de coordenação, em informar o resto da estrutura que eles solicitaram à dispensa. Iam utilizá-lo para esse jogo, onde o Mexer é ativo desse mesmo clube, iriam utilizá-lo, mas por questões médicas iriam pedir à dispensa para que ele fizesse o devido tratamento. Foi essa situação que ocorreu, e está claro que da parte da equipa técnica não havia outra alternativa, porque ele não está em condições, e a equipa pediu para que ele fosse dispensado”, disse Chiquinho Conde.
Referir que para o lugar de Dominguez Pelembe Chiquinho Conde convocou o jogador Melque Alexandre que milita na União Desportiva do Songo, enquanto que para a posição de defesa central foram convocados os jogadores Reinildo Mandava, Edmilson Dove (ambos fazem a lateral esquerda) Nené, Chamboco e Francisco Muchanga. (LANCEMZ)