Sete anos depois o futebol moçambicano vê uma equipa sua qualificada para a fase de grupos das Afrotaças. Trata-se da Associação Black Bulls que carimbou o passaporte para a fase de grupos da Taça da Confederação Africana de Futebol - Taça CAF, também designada por Taça Nélson Mandela. Na tarde deste domingo, 22 de Setembro, os “touros” eliminaram o AS Otohô do Congo após perderem por duas bolas a uma em Brazzaville, que conjugado com a vitória por uma bola a zero em Tchumene, o representante moçambicano apurou-se para a fase seguinte da prova graças ao golo fora de portas.
Por Redacção LanceMZ
Para a partida da segunda mão, o vencedor da Taça de Moçambique estava avisada do anti-jogo que seria protagonizado pela equipa do AS Otohô, conhecida ao nível do continente por promover o anti-jogo que complica a vida dos seus adversários, que o diga a União Desportiva do Songo que recentemente acabou eliminada por esta formação.
Hélder Duarte armou uma equipa com intenções ofensivas, mas com capacidade de sofrimento face à pressão que era protagonizada pela equipa adversária que incansavelmente procurava o golo que pudesse igualar a eliminatória.
Foi nessa tónica que o jogo foi ao intervalo com o nulo a prevalecer, um resultado que favorecia à equipa moçambicana que continuava em vantagem na eliminatória.
A situação do AS Otohô agravou-se a passagem do minuto 78 minutos quando Ejaita, que saltou do banco, anotou o golo que dava dupla vantagem à equipa da Black Bulls: estava a vencer no jogo e tinha dois golos de vantagem na eliminatória, o que obrigava ao seu adversário a marcar dois golos para inverter o cenário.
Com este cenário, o AS Otohô accionou aquele que pode ser considerado o seu 12º jogador nesta partida, o árbitro da partida que ao minuto 90 assinalou uma grande penalidade favorável à equipa do AS Otohô. Coube ao jogador Cruz anotar a grande penalidade que empatava a partida, mas que ainda mantinha os “touros” em vantagem na eliminatória.
O jogo ficou inclinado e com a turma a casa a pressionar para obter o segundo golo, algo que aconteceu à passagem do quarto minuto de compensação dos 90, quando Pince fez o 2-1, colocando a eliminatória com o agregado de duas bolas para cada lado.
E como estava escrito, nem o apoio do árbitro, muito menos o anti-jogo do AS Otohô foi suficiente para evitar que sete anos depois a Black Bulls fosse a equipa que atingiu um marco histórico que é o regresso do futebol moçambicano a fase de grupos das Afrotaças, concretamente a Taça CAF. (LANCEMZ)
