desporto mocambicano

A cada jogo dos Mambas no Zimpeto vandalismo toma conta do Estádio

  • 2996

É um cenário desolador que se assiste depois de cada jogo que a selecção nacional de futebol, Mambas, realiza no Estádio Nacional do Zimpeto. Segundo relata o Presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, mais de 400 componentes das casas de banho, entre torneiras, sifões, miolos de autoclismos, lâmpadas entre outros são roubados obrigando a que este material seja constantemente reposto neste recinto. A par do estado da relva e da iluminação, esta é uma das notas negativas constatadas pelas recorrentes missões de inspeção mandatas pela Confederação Africana de Futebol para aferir as condições existentes na maior infraestrutura desportiva do país para acolher jogos internacionais sob égide da CAF e da FIFA.

 

Por Alfredo Júnior

 

É que enquanto um bom número dos cerca de 20 a 40 mil de espectadores que se desloca ao Estádio para puxar pela equipa de todos nós, há quem se faz a aquele recinto apenas com intuito de vandalizar alguns dos sectores do maior recinto desportivo do país e a zona predileta é dos lavabos, ou seja, das casas de banho, que são abertas para que o público possa aliviar-se das necessidades biológicas, as pequenas e maiores.

 

Feizal Sidat relata o cenário triste que se assiste no final de cada jogo que decorre no Zimpeto e que deixa a FMF e os gestores desta infraestrutura intrigados com os roubos constantes que se verificam neste recinto.

 

“Nós, uma semana antes, do último jogo colocamos 460 torneiras e outros componentes das casas de banho como sifões, autoclismo com os respectivos miolos, lâmpadas, entre outros. No final dos jogos é comum não encontrarmos este material nas casas de banho, visto que as pessoas vêm com sacos, roubam tudo, não deixam nada. Então, já imaginam, não sei se nos outros países é assim que funciona, mas as pessoas vêm com o objetivo não de assistir aos jogos, assistem metade do encontro, mas antes de terminar o jogo roubam quase tudo e não deixam nada lá dentro”, lamentou Feizal Sidat.

 

O timoneiro da FMF não encontra explicações para esta atitude, porém apela ao civismo e educação para que quem se faça a aquele recinto possa contribuir para a sua manutenção.

 

“Não sei como nós ultrapassaremos isso, mas para tal é preciso que haja civismo, que haja escola.  E a escola, muitas vezes, é a educação que primeiro sai a partir da casa. Então, é isto que está a acontecer. Não é porque nós não colocamos a infraestrutura em condições, é que as pessoas vão lá com o objetivo de destruir a infraestrutura. Destruir completamente”, disse Sidat. 

 

ROUBOS NA CARA DA POLÍCIA E PERTO DE 800 MIL METICAIS PARA REPOSIÇÃO

 

O Presidente da FMF lamentou o facto deste cenário acontecer nas barbas da polícia, ou seja, estes roubos se registam num local que tem uma esquadra da Polícia da República de Moçambique, sendo que este vandalismo acarreta elevados custos para a reposição do que foi destruído.

 

“Eu sei que na próxima semana, no dia do jogo, já não vamos ter nada lá. São entre 300 a 800 mil que se gastam para repor o que foi roubado. Infelizmente, temos lá a segurança lá, a polícia, mas é muito vulnerável. Enfim, é muito lamentável aquilo que está acontecendo. Mas o país é nosso, nós temos que saber como gerir isto”, disse Sidat.

 

Recordar que o Estádio Nacional do Zimpeto é património do Estado e está sob gestão do Fundo de Promoção Desportiva e a Federação Moçambicana de Futebol tem participado na gestão da infraestrutura, sobretudo na reposição de alguns danos, sendo que Feizal Sidat apelou que outros utilizadores como a Federação Moçambicana de Atletismo também comparticipe na reposição dos danos que têm ocorrido naquele recinto. (LANCEMZ) 

 

Notícias Relacionadas
Ads - Anuncio 3
Todos os direitos reservados a Lance. Registrado no GABINFO: REGISTO: 57/GABINFO-DEPC/210/2022 .