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Moçambola 2024 terá árbitros de elite garante Machel na entrega de insígnias da FIFA

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Decorreu, na tarde desta quinta-feira, 29 de Fevereiro, a entrega oficial de insígnias aos árbitros internacionais. O evento teve lugar no Auditório Ferdinand Wilson na Sede da Federação Moçambicana de Futebol. Na ocasião, o Presidente da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF), Francisco Machel, reiterou que para dirigir os jogos do Moçambola será criado um grupo de elite, por forma a garantir a qualidade e menos polémicas na arbitragem dos jogos do principal campeonato nacional de futebol, o Moçambola.

 

Por Redacção LanceMZ 

 

A entrega das insígnias foi feita pelo Secretário-Geral da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Hilário Madeira, e por Francisco Machel, presidente da Comissão Nacionais de Árbitros de Futebol (CNAF).

 

Para Francisco Machel, ter árbitros internacionais moçambicanos a receberem insígnias da FIFA é um grande orgulho para a comissão que gere a arbitragem nacional e espera que esse orgulho seja demonstrado dentro do campo.

 

"É um grande orgulho que nós temos como CNAF, e, neste âmbito em que nós estamos apenas aqui a entregar as insígnias aos árbitros internacionais que nós temos aqui em Moçambique. Temos dois novos, uma é mulher, árbitra central, de Lichinga. Portanto, isso representa um orgulho para o país", considerou Machel.

 

Machel quer ver os árbitros a dignificar as insígnias que receberam tendo boas exibições, tanto ao nível internacional, como nas provas nacionais.  "Agora, o nosso desejo de facto é que esse orgulho seja materializado num bom trabalho a nível internacional, sem deixar em parte que eles façam um bom trabalho internamente", salientou.

 

No seu primeiro ano de mandato na instituição que gere a arbitragem nacional, Machel reforça que sua equipa vai trabalhar no sentido de repor a ordem com vista “a evitar confusões”, apostando na sensibilização e na escolha daqueles que estão mais aptos para fazer um trabalho positivo, garantindo que irão reduzir o número dos árbitros que dirigem jogos do Moçambola, criando uma equipa de elite que será criteriosamente seleccionados do grupo de árbitros de categoria nacional que agora, conta com  cerca 180 juízes.

 

"Temos tido aqui confusões, mas, no nosso primeiro ano de liderança, vamos procurar repor aquilo que é a ordem, conversando com os árbitros no sentido de fazer um bom trabalho e, este ano, vamos procurar reduzir o número de árbitros que indicados para dirigir os jogos do Moçambola e vamos definir um grupo restrito e de elite, dentre em breve indicaremos quantos precisaremos para trabalhar com eles na principal competição que é o Moçambola", concluiu.

 

Para a Federação Moçambicana de Futebol, representada no acto pelo respectivo secretário-geral, Hilário Madeira, é um orgulho para o país continuar a ter muitos árbitros internacionais.

“Esta classe é uma das mais sacrificadas e nos últimos anos temos sido solicitados em várias provas do mundo, e é sinal de que temos estado a fazer um bom trabalho e o desafio é estarmos em mais provas e termos mais quartetos para árbitros de sexo feminino, e acreditamos que vamos ter sucessos nas provas que vão ser realizadas nos próximos dias”, disse Madeira

 

ÁRBITROS HONRADOS POR REPRESENTAR O PAÍS INTERNACIONALMENTE

 

Para Simões Guambe, árbitro internacional moçambicano que renovou as insígnias da FIFA, este acto é o renovar de mais uma responsabilidade e  encara a missão com honra. Por outro lado, garante que as críticas fazem parte do futebol e contribuem para o crescimento dos homens do apito.

 

"É sempre bom respeitar todos os agentes desportivos, muitas das vezes, o que tem trazido esta discórdia no meio dos jogos, é o desfasamento que existe entre a própria arbitragem e quem vê as coisas do lado de fora. De certa forma, há actualizações que são feitas de tempo em tempo, e quando não são feitas para todos agentes desportivos acabam encontrando essa discórdia", disse Guambe quando abordava as críticas que os árbitros têm sido frequentemente alvo.

 

Por outro lado, reconhece os erros da classe, mas refere que tem estado a trabalhar no sentido de melhorar a sua actuação e minorar a situação de discórdia. "Somos susceptíveis a erros, mas, de alguma forma, procuramos cometer menos erros de modo que o futebol possa sair prestigiado", comenta Guambe.

 

Por seu turno, Arsénio Maringule, árbitro assistente, é o que tem mais “estrada” percorrida em termos de nomeações por parte da Confederação Africana de Futebol e da FIFA, com quatro presenças em Campeonatos Africanos das Nações (CAN), o último dos quais realizado na Costa do Marfim. Maringule espera continuar a ser fonte de inspiração para os jovens que abraçam esta actividade.

 

"A renovação é fruto do muito trabalho que estivemos desenvolvendo, isso mostra que estamos a trabalhar e mostrando aquilo que é o nosso comprometimento com a arbitragem isenta. Também, a renovação vem com a responsabilidade a dobrar, uma vez que os mais novos nos olham como exemplo, então de alguma forma tem sido uma pressão e nos obriga a trabalhar mais porque estão de olho em nós para aprender e esperam o melhor de nós, garantiu também o árbitro assistente Arsénio Maringule.

 

Entre os árbitros que receberam insígnias da FIFA, constam árbitros principais e assistentes de Futebol onze, bem como árbitros de Futsal e Futebol da Praia. (LANCEMZ)

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