A missão de moçambique a 13ª edição dos Jogos Africanos decorrida em Acra, a capital do Gana, não foi além da conquista de cinco medalhas de prata e uma de bronze, facto que faz com que a representação de Moçambique tenha terminado na 31ª posição do medalheiro geral conquista pelo Egipto. Esta prestação significa o decréscimo de oito lugares quando comparado ao 23º lugar alcançado em 2019 aquando da realização da 12ª edição do evento decorrido em Rabat, no Marrocos, na qual o nosso país conquistou cinco medalhas, das quais uma de ouro, três de prata e igual número de bronze.
Por Redacção LanceMZ
As expectativas de Moçambique nesta prova eram altas e passavam por melhorar a prestação da edição anterior. Para o efeito, o país fez-se presente com um total de 33 atletas nas modalidades de Atletismo, Boxe, Judo, Natação, Taekwondo, Voleibol de Praia, Xadrez e Ténis, com uma delegação composta por um total de 58 integrantes.
A presença do país por terras de Acra iniciou da melhor forma com Donaldo Paiva a conquistar a primeira medalha, na modalidade que alia a ciência ao desporto, o xadrez, sendo esta a primeira vez que o país alcançava o pódio nesta disciplina em que esteve representado por dois atletas, sendo que Vânia Vilhete acabou por fica fora dos lugares cimeiros.
Seguiu-se o vólei de praia, modalidade em que o país tem imposto respeito ao nível da região Austral de África, daí que as expectativas eram boas para a representação nacional. E a dupla Vanessa Muianga e Ana Paula Sinaportar acabou por confirmar o bom momento que atravessam, perdendo apenas na final para a dupla egípcia Marwa/Doaa, por 2-1, parciais 21/11, 17/21 e 9/15, que é altamente experimentada.
A medalha de prata acabou por assentar muito bem em Muianga e Sinaportar que deixaram ficar boa impressão e expectativa de que podem chegar a tão desejada qualificação aos Jogos Olímpicos Paris 2024, o próximo desafio da dupla. No sector masculino, Osvaldo Mungoi e José Mondlane terminou nos quartos-de-final da competição onde foi eliminada pelo par do Botswana, Jack e Chiswaniso ao perder por 2-1.
BOXE NÃO PASSA DA PRATA
Após a conquista da medalha de prata no xadrez e no vólei de praia feminino, a esperança de Moçambique chegar à medalha de ouro residia na modalidade de boxe, concretamente nas pugilistas Alcinda Panguana dos Santos e Rady Gramane, dada a sua experiência internacional que inclui a participação em campeonatos do mundo e Jogos Olímpicos.
Porém, os pugilistas nacionais muito se esforçaram para chegar ao ouro, mas acabaram quedando-se face ao poderios dos adversários. Alcinda Panguana dos Santos terminou a prova com a medalha de prata ao perder a final dos 70 kg para a nigeriana Blessing Oraekwe.
Outra medalha de prata no boxe feminino foi conquistada por Isabel Mulungo (-66 kg) que teve entrada directa para a final e não conseguiu superar a etíope Betel Dedi, porém acabou por conquistar uma medalha que tem sabor a ouro, tendo em conta que a pugilista não estava nas contas para constar do pódio.
Quem não conseguiu chegar à final foi a pugilista Rady Gramane (-75 kg), que terminou a sua participação no torneio de Boxe inserido nos Jogos Africanos de Acra com a medalha de bronze, na sequência da derrota diante de Patrícia Mbata da Nigéria, nas meias-finais da competição.
Em masculinos, o destaque vai para o pugilista Armando Sigauque (-57 kg) que disputou e perdeu a final com o nigeriano Dolapo Omole. Sigauque que havia tido excelentes prestações nos combates anteriores, não conseguiu terminar a final, tendo desistido logo no primeiro assalto, face a superioridade do adversário.
ATLETISMO E TAEKWONDO LONGE DAS MEDALHAS
Tal como já havia acontecido com a participação nas modalidades de natação e judo, os atletas que tomaram parte nas provas da modalidade de atletismo e taekwondo terminaram as provas longe das medalhas do pódio.
No atletismo, Moçambique não conseguiu nenhuma medalha, mas Cecília Guambe alcançou o feito de chegar à final dos 100 metros barreiras, dos Jogos Africanos de Acra. A atleta moçambicana terminou na quinta posição com a mesma marca alcançada nas meias-finais, de 14 segundos, confirmando o recorde nacional da categoria.
Já Edson Deve não conseguiu superar a sua marca e nem chegar à final, ao terminar a sua série, na prova dos 200 metros livres, na quarta posição, nas meias-finais. (LANCEMZ)