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Secretaria de Estado do Desporto reconhece falhas na partilha do acordo de gestão do projecto AfroBasket 2023

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A secretaria de Estado do Desporto reconheceu terem ocorrido falhas na partilha de informação e nos termos do acordo entre a TotatlEnergies Moçambique e o Fundo de Promoção Desportiva, sobre o patrocínio à selecção nacional de basquetebol sénior feminina, tendo em vista a sua participação no AfroBasket 2023 que decorreu em Kigali, capital do Ruanda, de 28 de Julho a 5 de Agosto último.

 

Por Redacção LanceMZ

 

Foi pela voz de Francisco da Conceição, Director Nacional do Desporto de Rendimento, que a Secretaria de Estado do Desporto reagiu à polémica instalada no seio do basquetebol nacional e que culminou com o Presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol, Roque Sebastião, a colocar o seu lugar à disposição.

 

Em entrevista à Televisão de Moçambique, Francisco da Conceição escusou-se a pronunciar-se sobre questões de fundo e específicas desse acordo, por alegadamente estar sob alçada do Fundo de Promoção Desportiva.

 

Francisco da Conceição referiu que o facto de o Fundo de Promoção Desportiva estar a gerir um patrocínio destinado a selecção nacional de basquetebol sénior feminina não significa estar a ocorrer ingerência na gestão da Federação Moçambicana de Basquetebol.   

 

“A partir do momento em que o Governo financia federações creio que a questão de ingerência tem que ser mensurada, é preciso encontrar formas de responder alguns questionamentos: o governo não pode ingerir até onde? Se é um actor, um parceiro que financia aquilo que é o fomento desportivo e as federações nacionais, fazendo uma grande comparticipação não sua qualidade de gestor do desporto naturalmente que tem uma palavra a dizer no questionamento, na avaliação e verificação do que está a acontecer com esse tipo de recurso, então não é ingerência no sentido negativo do termo, mas ingerência no sentido de colaborar e apoiar na organização”, disse Francisco da Conceição. 

 

Já no programa Noite Informativa da STV Noticias, Francisco da Conceição, referiu que “o problema sério que aconteceu é que as partes envolvidas no processo de preparação da selecção nacional não falaram a mesma linguagem e esses aspectos contribuíram de sobremaneira a constranger o processo e que se eventualmente tivessem falado a mesma linguagem muitas das coisas teriam sido evitadas”.

 

Sobre se a FMB sabia ou não do atraso nos desembolsos dos fundos para a operação Kigali, Francisco da Conceição referiu que “era um problema de comunicação em algum momento a Federação deveria ter-se aproximado ao fundo e perguntar, ou o Fundo deveria ter dito que há atrasos do desembolso, não se sabe por exemplo quando foi o primeiro ou o último desembolso, mas agora já se sabe”.

 

TOTAL ENERGIES PROPÔS-SE A APLICAR 1.2 MILHÃO DE USD

 

Em Novembro de 2022 a multinacional TotalEnergies Mozambique rubricou um acordo com a Fundo de Promoção Desportiva no qual se propunha a investir neste projecto cerca de. 1 milhão 270 mil dólares americanos (cerca de 82 milhões, 550 mil Meticais) a serem aplicados ao longo de três anos de duração da iniciativa.

 

Este montante será desembolsado pelo projecto Mozambique LNG, operado pela TotalEnergies, não apenas para a selecção feminina de basquetebol, sendo que numa primeira fase vai envolver um total de 600 crianças, sendo 150 de Palma, 150 da região de Mocímboa da Praia Pemba é igual número em Maputo, numa iniciativa tendo em vista a massificação do basquetebol.

 

Para além da massificação do basquetebol na camada infantojuvenil e de integração social das populações desfavorecidas, o memorando inclui igualmente intervenções básicas em infraestruturas para a prática da modalidade nos distritos de Palma e Mocímboa da Praia, bem como apoio à capacitação institucional dos agentes da Federação Moçambicana de Basquetebol que ainda não aconteceu.

 

Este projecto de apoio ao basquetebol insere-se na iniciativa Pamoja Tunaweza,(juntos somo capazes) mas vai para além do escopo desta, alcançando uma dimensão mais nacional e ao nível da alta competição tinha como objectivo principal a qualificação da selecção nacional de basquetebol sénior feminina para os Jogos Olímpicos Paris 2024, projecto que não passou do papel, tendo em conta que Moçambique terminou na quinta posição do AfroBasket que apurou os dois primeiros classificados como os representantes do continente no Torneio Pré-Olímpico a decorrer em Fevereiro do próximo ano. (LANCEMZ)

 

 

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