Tal como se antevia, Ângelo Matinene foi eleito Presidente do Grupo Desportivo Maputo, e vai cumprir mandato até Dezembro de 2025, isto é, cumprirá o tempo que sobrava a Paulo Ratilal que renunciou ao cargo no princípio deste ano sem cumprir o tempo a que lhe era destinado. Resgatar a mística “alvi-negra”, resolver a questão da sustentabilidade financeira e voltar a colocar o clube nos altos patamares desportivos nacionais são a aposta do antigo capitão e campeão pelo Desportivo Maputo em 1995.
Por Redacção LanceMZ
Numa eleição em que foi candidato único após a retirada da corrida da lista de Adelino Xerinda, Ângelo Matinene, foi eleito com 51 votos e 8 nulos, numa eleição que juntou os sócios do centenário Grupo Desportivo Maputo que procura caminhos para reencontrar-se com o seu passado marcado poe sucessos desportivos que o tornaram num dos clubes mais emblemáticos do país, carregado de muita história de vitórias e conquistas ao nível nacional e internacional.
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É esse clube “alvi-negro” que Ângelo Matinene vai procurar resgatar durante o período de cerca de um ano e meio que estará a dirigir o clube que se encontra mergulhado numa profunda crise financeira, daí que as apostas da nova direcção passam por criar bases sólidas para a sustentabilidade do clube; dotar a colectividade de uma boa imagem, resgatando a mística fazendo jus ao seu lema “Um Por Todos e Todos Por Um”.
“É uma honra e um privilégio ser Presidente do GDM, mas também é uma responsabilidade muito grande, é um desafio enorme, mas nós vamos dirigir o Desportivo como equipa, não será o Ângelo apenas, ou seja todos que fazem parte do elenco e também os simpatizantes do clube, portanto este fardo grande não estará apenas nas minhas costas vamos distribuir por todos que se identificam com a colectividade”, disse Matinene logo após a sua eleição.
Sem tempo a perder, Matinene já quer pôr mãos à obra, tendo elegido aquelas que serão as prioridades da sua acção para resgatar o clube, sendo que o contacto permanente com a massa associativa está no topo das prioridades.
“O primeiro passo será a unificação da família ‘alvi-negra’, como sabemos de algum tempo a esta parte tem havido alguma crispação entre os sócios e a Direcção, então vamos ter que remover esta barreira, canos ser muito comunicativos e todas as opiniões são válidas, depois vamos atacar a sustentabilidade vamos ter que trazer iniciativas olhando para nossos activos que neste momento são as nossas infraestruturas, temos o privilégio e a sorte de estarmos na zona nobre da cidade, vamos ter que olhar como capitalizar esse facto, naturalmente olhamos para as outras opiniões iremos fazer um chamamento colectivo não há barreiras. Vamos olhar para as nossas infraestruturas procurando formas de capitalizar e uma das coisas básicas é que não vamos vender nenhum espaço do Desportivo, vamos ter que capitalizar a imagem e trazer parceiros para que tenhamos benefícios para cada um dos lados”, disse o presidente eleito.
Os antigos dirigentes e sócios do clube acreditam que a eleição de Ângelo Matinene vai trazer a paz que o Desportivo precisa para se reerguer.
“O problema é que há muitos interesses em volta deste clube, há muita gente a olhar para outras coisas e isso faz com que as pessoas queiram assaltar este clube à todo custo e um das acções é que existe um grupo de pessoas com alguma idade no clube que comece a protegê-lo para que este clube possa se reerguer. Sabemos que há pessoas que estão interessadas nas nossas infraestruturas e nós estamos aqui para proteger, agora o principal objectivo é unir o clube e começar a olhar para a formação onde somos mais fortes”, disse Inácio Bernardo, antigo presidente do Desportivo Maputo.
O Desportivo Maputo conta com seis títulos de campeão nacional de futebol e vários outros títulos na modalidade de hóquei em patins e basquetebol, sendo que na bola-ao-cesto foi o primeiro clube nacional a se sagrar bicampeão de clubes em seniores femininos. (LANCEMZ)
