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Expectativas altas na aprovação do Zimpeto que depende do olho clínico e punho de Knipp

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Foram cerca de três horas que Joshua Knipp, o sul-africano mandatado pela Confederação Africana de Futebol (CAF), inspecionou o Estádio Nacional do Zimpeto para avaliar se já reúne condições para voltar a acolher jogos internacionais sob égide do organismo máximo do futebol africano. 

 

Por Alfredo Júnior e Luís Muianga (Fotos)

 

De telemóvel na mão a auxiliar o seu olho clínico e de caneta no punho a fazer anotações para constar do seu relatório, Knipp percorreu todos espaços possíveis e imaginários, de acordo com a planilha previamente elaborada pela CAF  para a aprovação de estádios de futebol. 

Depois de constatar no exterior que a rede de separação dos espectadores e a zona de chegada dos autocarros das equipas, Joshua Knipp verificou a instalação de torniquetes nas quatro principais entradas do público ao estádio, constatando que já é possível controlar os acessos  de forma electrónica.

 

O balneário das equipas, com destaque para o dos Mambas, também mereceu análise e constatou-se que está completamente remodelado e engalanado com as cinco cores da bandeira nacional. Por outro lado, estão disponíveis os cacifos para que cada jogador coloque os seus pertences e encontre o seu equipamento de jogos. 

 

No interior do estádio o sul-africano verificou o estado das bancadas que deverão acomodar os cerca de 42 mil espectadores que cabem neste recinto, passou pelas cabines destinadas à comunicação social, bem como pelas áreas VIPs sendo que neste local já foi instalada uma barreira que separa do público comum que se faz ao recinto para acompanhar os jogos. 

 

RELVADO ANALISADO AO MÍNIMO DETALHE 

 

A maior atenção nesta Inspecção foi dada ao rectângulo de jogos, quiçá a parte mais importante desta avaliação, pois é lá onde decorre o espectáculo do futebol. Aí Knipp recorreu a outros instrumentos de medição que o auxiliaram com destaque para a fita métrica com a qual mediu, por exemplo, as dimensões da baliza.

 

Joshua Knipp verificou o estado da relva do Zimpeto que foi implantada em Dezembro último é que já está uniformizada e cresceu de acordo com as exigências internacionais, permitindo que na vésperas dos jogos seja cortada à medida  do recomendado pela Federação Internacional de Futebol. 

 

Por outro lado, a implantação da relva teve em conta o declive de dois graus para permitir o escoamento das águas das chuvas caso esta caia enquanto estiver a decorrer uma partida de futebol. A iluminação que deve estar a 1200 LUX foi também alvo de análise de modo a que o recinto possa acolher jogos no período nocturno. 

 

MOÇAMBIQUE - ZÂMBIA PODERÁ MARCAR O REGRESSO DOS JOGOS EM CASA 

 

Joshua Knipp calcorreou todo Estádio Nacional do Zimpeto na companhia do Secretário Geral da FMF, Hilário Madeira, que no final deixou ficar as expectativas na aprovação do recinto tendo em conta os trabalhos de melhoria feitos pelo Fundo de Promoção Desportiva. 

 

"O trabalho correu muito bem, o inspector fez o que lhe competia e nós, por sua vez, fizemos a nossa parte, estamos todos na expectativa de ter um resultado favorável, acreditamos nós que da última inspecção para cá houve melhorias'' disse Hilário Madeira.

 

Moçambique espera que nove meses depois da interdição possa voltar a acolher os jogos dos Mambas em casa, sendo que o próximo será entre os dias 22 e 24 de Julho diante da Zâmbia a contar para a primeira eliminatória de acesso ao CHAN-2023.

 

“Cabe ao inspector submeter o relatório final para a CAF e esperamos ter um resultado favorável vindo deste organismo. A vontade é essa de podermos jogar com a Zâmbia em casa e foi feito um esforço colectivo para que possamos jogar no Zimpeto e receber o Senegal neste recinto”, afirmou o Secretário Geral da FMF

 

Recordar que o Secretário de Estado do Desporto, Carlos Gilberto Mendes, referiu que serão investidos 60 milhões de Meticais na requalificação do Estádio Nacional do Zimpeto que foi inaugurado a foi inaugurado em 23 de Abril de 2011, com uma partida amigável entre as selecções nacionais de Moçambique e Tanzânia.

 

A obra, orçada em 70 milhões de dólares americanos, foi financiada pelo governo da China e construída pela empresa chinesa Anhui Foreign Economic Construction Group em três anos. O estádio foi um dos elementos da Vila Olímpica de Maputo, um projecto com numa área de 15 hectares, que inclui também uma piscina olímpica e zona residencial, construído para acolher os Jogos Pan-Africanos de 2011. (LANCEMZ) 

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