Moçambique realizou dois jogos no AfroBasket 2023 nos quais obteve uma derrota frente aos Camarões (55-53) e uma vitória frente à Guiné (99-40), terminando na segunda posição do Grupo B, atrás do combinado camaronês. O facto leva a que o cinco moçambicano dispute o acesso aos quartos-de-final, o que para o Seleccionador Nacional, Carlos Aik, estava fora das perspectivas traçadas. No entanto, Aik considera que as suas pupilas estão aptas para enfrentar o embate que se segue e perseguir o objectivo que passa por ocupar um dos dois lugares que darão acesso ao torneio Pré-olímpico a disputar em Fevereiro próximo.
Por Alfredo Júnior em Kigali
Cerca de 24 horas depois da derrota frente aos Camarões, a turma moçambicana redimiu-se e conseguiu uma exibição notável frente a Guiné em que Leia Dongue liderou a equipa anotando 25 pontos, capturando 5 ressaltos, sendo secundada por Ingvild Mucauro que anotou 13 pontos, Chanaya Pinto contribuiu com 13 pontos, Nilza Chiziane fez um duplo-duplo com 11 pontos e 11 ressaltos, bem como Tamara Seda atingiu o seu primeiro duplo-duplo com 10 pontos e 12 ressaltos.
Analisando a vitória sobre a Guiné, Carlos Aik considerou que “antes do jogo não sabíamos como a Guiné iria se apresentar frente a nossa equipa, pelo que precisamos de cerca de três a cinco minutos para estudar como jogar contra elas e daí para frente as jogadoras conseguiram implementar aquilo que tinhas planeado para este jogo, apagando a pálida imagem deixada ficar na noite anterior”.
“É verdade que neste jogo com a Guiné a equipa adversária demonstrou ser muito acessível para nós, mas também tivemos que trabalhar para conseguir o resultado positivo. Na noite anterior tivemos a ânsia e o facto de ser o primeiro jogo que não nos cai bem”, disse Aik.
Moçambique deixou ficar em campo sinais de que tem uma palavra a dizer neste AfroBasket 2023, com uma exibição que deixou ficar boas notas para os embates que se seguem, particularmente o referente ao acesso aos quartos-de-final.
“Teremos mais um jogo do que era inicialmente a nossa pretensão para este AfroBasket. Vamos procurar recuperar a equipa para que esteja apta para o jogo de acesso aos quartos-de-final, temos que ter o máximo de concentração e corrigir os erros que tivemos. Estamos numa fase em que já não se admitem erros, pois é a etapa a eliminar e todos os adversários querem chegar longe nesta competição, por isso todo cuidado é pouco para o jogo que se segue”, disse Aik.
Esta segunda-feira, 31 de Julho, a selecção Moçambicana vai realizar um treino no BK Arena, seguindo-se uma sessão de vídeo para análise conjunta dos jogos do próximo adversário, a Costa do Marfim, bem como a análise dos movimentos defensivos e ofensivos da equipa de todos nós. (LANCEMZ)
“Vamos lutar para chegar a outra fase”- Ingvild Mucauro, Jogadora da Selecção
“É sempre motivador ganhar jogos, tivemos um bom resultado depois dos erros cometidos na partida frente aos Camarões. Temos que continuar a melhorar os nossos erros. A próxima fase será mais difícil. Estamos cientes que o neste campeonato já se provou que não há favoritos, vai ser duro. Vamos jogar com a Costa do Marfim, vamos lutar e dar o nosso máximo para passar para a outra fase”.
“O céu é o limite, queremos chegar longe” – Chanaya Pinto, Jogadora da Selecção
“O que mudou no segundo jogo foi o nosso ‘mind-set’ depois do jogo frente ao Camarões, tivemos que ajustar algumas coisas na defesa e quando é assim as coisas no ataque saem perfeitamente. Para o jogo com a Costa do Marfim temos que ter a mesma postura que tivemos no jogo um e na segunda partida, estamos a crescer jogo-a-jogo e a perceber que todo mundo que está aqui está capacitado para chegar à final. A minha prestação vejo-a como positiva, mas sobretudo o desempenho, pelo que o limite é o céu, queremos chegar e podemos chegar longe”.
“Objectivo do grupo é chegar à vitória”- Leia Dongue, jogadora da selecção
“O objectivo do grupo é sempre chegar à vitória, na primeira partida não conseguimos chegar ao que queríamos e não vou fugir das minhas responsabilidades. O objectivo do grupo é chegar o mais longe possível, já não temos nenhum tempo extra para corrigir os erros, temos que encontrar uma forma para estarmos unidas e preparar o próximo jogo para que estejamos pontos. A fase a eliminar não são admissíveis erros e estamos prontas para responder às exigências dos nossos treinadores, sabemos que a próxima etapa não será nada fácil”.
